29 setembro 2011

"EM NOME DOS ARTISTAS" COMEMORA OS 60 ANOS DA BIENAL DE SÃO PAULO


Para comemorar seus 60 anos, a Bienal de São Paulo abre a exposição "Em Nome dos Artistas", nesta sexta-feira (30), no Parque Ibirapuera. A mostra exibe trabalhos de 51 artistas que representam as últimas três décadas do cenário artístico americano e britânico.
Pela primeira vez no Brasil, o acervo do Astrup Fearnley Museum of Modern Art, na Noruega, faz um painel impressionante da arte contemporânea norte-americana, e mostra 219 obras. O museu foi inaugurado em 1993 com uma coleção que enfoca artistas contemporâneos estrelados e obras famosas, e não foi pensada da maneira tradicional, privilegiando movimentos e períodos históricos. Em certo sentido, o museu oferece a arte de uma maneira mais espetacularizada e democrática.

60 ANOS DA BIENAL / EM NOME DOS ARTISTAS - 26/09/2011



É a chance de entrar em contato com artistas-celebridades, muito comentados, mas raramente vistos por aqui. Cindy Sherman está presente com seus retratos, incluindo alguns da a série "Untitled Film Stills", em que encarna personagem de filmes imaginários. Matthew Barney aparece com seu famoso ciclo "Cremaster", Nan Goldin retrata o sexo e a Aids, enquanto as cores pop de Jeff Koons colocam lado a lado a arte, o kitsch e o consumismo.

CINDY SHERMAN



NAN GOLDIN



Damien Hirst, o artista inglês mais rico da atualidade, também entrou na seleção pelo seu constante diálogo com artistas do outro lado do Atlântico e tem uma "mostra dentro da mostra". A obra de Hirst é das mais polêmicas, por causa de sua obsessão pela morte - como a sua série com animais conservados em formol. Está lá uma vaca e um bezerro, cortados ao meio.

DAMIEN HIRST AT LEVER HOUSE-1



A exposição tem uma série de obras proibidas para menores de 18 anos. Trabalhos de artistas como Paul Chan, Cindy Sherman, Matthew Ronay e Richard Prince exibem genitálias e cenas de conotação sexual. As fotos de Jeff Koons com sua então mulher Cicciolina em pleno ato sexual, também estão lá.

JEFF KOONS BEYOND HEAVEN DOCUMENTARY



Gunnnar Kvaran, curador do museu norueguês, seguiu o conceito do museu ao criar pequenas individuais colocadas lado a lado. "Quis isolar os artistas dessa exposição, em vez de contextualizar. Ao mesmo tempo, eles estão sendo mostrados em grupo."
"Não há apenas uma América, mas várias. São diferentes sotaques. Nos últimos dez anos, percebemos uma influência forte da turbulência política no trabalho desses artistas", diz o curador.

ENTREVISTA COM GUNNAR KVARAN



Em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira, o presidente da Bienal, Heitor Martins, falou sobre a polêmica que a obra pode gerar. "A arte contemporânea é a fronteira. Quando você passa o limite é normal que gere polêmica. Isso testa a sociedade. Se não criarmos esse diálogo, não estaremos cumprindo nossa função. Toda mostra contemporânea é provocativa".
Martins ainda disse que a proposta da exposição é mostrar artistas contemporâneos que serão ícones daqui algumas décadas e que o museu norueguês foi escolhido porque possui um dos acervos mais relevantes de arte contemporânea do mundo. Dentro do recorte específico da produção dos EUA nos últimos 30 anos, os principais grandes nomes estão lá.

JEFF KOONS NO AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA - EM NOME DOS ARTISTAS



VISITAS ORIENTADAS
No período da exposição a Bienal vai oferecer um roteiro alternativo para crianças e disponibilizará monitores. É possível agendar horários com escolas e grupos fechados. Mais informações no site da Bienal
Na terça (27), a Folha circulou o caderno especial sobre os 60 anos da Bienal Internacional de São Paulo. A publicação traz informações sobre a mega-exposição no Pavilhão da Bienal. Baixe o caderno em PDF clicando aqui.

FOLHA COMENTA MOSTRA DE 60 ANOS NA BIENAL DE SP



“EM NOME DOS ARTISTAS” acontece de terça a domingo no Pavilhão da Bienal (pq. Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/11/5576-7600). A entrada custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com classificação livre (algumas salas têm classificações especiais na entrada).

EM NOME DOS ARTISTAS / IN THE NAME OF THE ARTISTS - 30/09-04/12 - 2011 - BIENAL DE SÃO PAULO


27 setembro 2011

LEILÃO INCENTIVA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA


A Associação Brasileira de Arte Contemporânea vai realizar o LEILÃO ABACT, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no dia 03 de outubro - segunda-feira, às 19 horas.
Nos dias 01 e 02 as obras o leilão, podem ser vistas, 10h às 17h30, no local do leilão.
A ABACT reúne 29 galerias, de seis estados brasileiros, envolvidas no desenvolvimento da carreira de seus artistas. Reconhecendo a importância da arte na construção do pensamento contemporâneo brasileiro, a ABACT busca ampliar o intercâmbio cultural, promover ações para profissionalização e desburocratização do mercado e fomentar o conhecimento sobre a arte contemporânea no Brasil, valorizando suas etapas de produção e seus responsáveis.
O objetivo do leilão é arrecadar fundos para publicar uma antologia da nova arte brasileira, realizar uma exposição coletiva de artistas brasileiros em instituições internacionais e pesquisar as necessidades do circuito atual no Brasil.
Saiba mais sobre as galerias, obras e artistas que participam do evento - aqui: www.leilaoabact.com.br

Mas,... existe uma arte contemporânea brasileira? Veja o que dizem os artistas e especialistas.



Veja os paradoxos da arte contemporânea brasileira, identificados no projeto Rumos do Instituto Itaú Cultural



DOCUMENTÁRIO: QUEM TEM MEDO DA ARTE CONTEMPORÂNEA?


COM ITINERÂNCIAS E OLHAR LATINO-AMERICANO, 2011 TEM BIENAIS RENOVADAS

O ano de 2011 se aproveita do bom momento da arte brasileira, que mostra novidades nas bienais pelo mundo.

MERCOSUL

Uma Bienal que não é feita apenas de exposições. Essa é uma das características da 8ª edição da Bienal do Mercosul, que acontece em Porto Alegre até 15 de novembro. As exposições em Porto Alegre abriram em setembro, mas a Bienal começou muito antes, com viagens de artistas por diversas regiões do Estado e a inauguração da Casa M, um espaço cultural que movimenta a cena artística da Capital gaúcha, desde maio.


8ª Bienal do Mercosul, 2011 por superalbertofilho

Com o tema ‘Ensaios de Geopoética’ a Bienal do MERCOSUL reúne cerca de 100 artistas de diversos países em sete grandes ações, abordadas por meio de duas estratégias – expositivas e ativadoras. Nas ações ativadoras há uma ênfase na relação entre artista e público. Nas exposições propriamente ditas, a ênfase está na obra e na sua relação com os trabalhos dos artistas e com o tema proposto.
Mais de dez cidades do Rio Grande do Sul recebem artistas, obras, exposições e atividades pedagógicas, entre elas Bagé, Caxias do Sul, Ijuí, Montenegro, Pelotas, Santa Maria , Santana do Livramento, São Miguel das Missões e Teutônia. Dessa forma, a cidade de Porto Alegre e o território do Rio Grande do Sul são vistos como lugares a descobrir e a ativar por meio da arte. A intensa atuação dos artistas e suas obras nesse território, pressupõe a participação da comunidade e a colaboração com centros culturais – institucionalizados ou independentes – e artistas locais.


Especial: 8ª Bienal do Mercosul por superalbertofilho

Como diferencial da Bienal do Mercosul, seu Projeto Pedagógico contempla atividades de formação de professores e mediadores, oficinas, palestras, seminários, publicações destinadas a diversos públicos e, especialmente, a programação da Casa M - um espaço de encontro para a comunidade artística local, pessoas interessadas em arte e cultura, professores e estudantes de arte e áreas afins.
Para além do período da 8ª Bienal, a Casa M terá a duração de sete meses, oferecendo à comunidade oficinas, conversas, cursos para professores, residências curatoriais, um programa de exposições na vitrine da casa e apresentações artísticas de diversas linguagens. O local contará com um espaço de convivência, biblioteca e sala de leitura, pátio, ateliê, entre outros ambientes.
Baixe o Catálogo da 8ª Bienal Mercosul clicando aqui

VENEZA

A principal exposição de grande porte no exterior é a 54ª edição de Bienal de Veneza. ILLUMInations é a premissa conceitual proposta pela curadora suíça Bice Curiger, aludindo ao Iluminismo, à Renascença e às idéias clássicas. A exposição faz uma reavaliação da modernidade ocidental através da arte contemporânea, incluindo também três pinturas do mestre Tintoretto, entre as quais A Última Ceia.


54ª Bienal de Veneza por superalbertofilho

A mostra central ocupa todo o Pavilhão Central da Bienal, que fica no Giardinni - um imenso parque às margens do Grande Canal. Fora do Giardinni, a Bienal continua no Arsenale, antigo entreposto de sal. Nos dois espaços, 82 artistas de vários países (sendo 32 deles, jovens nascidos depois de 1975) têm a tarefa de construir a espinha dorsal desta edição.
Gravitando em torno deste eixo central, a Bienal de Veneza conta com alguns países com pavilhões próprios - como o Brasil, que tem localização privilegiada dentro do conjunto e é representado por Artur Barrio. Não há brasileiros na mostra principal, mas para as paralelas foram escolhidas duas artistas brasileiras: Rivane Neuenschwander e Cinthia Marcelle. Neuenschwander participa de uma coletiva com curadoria de Rosa Martínez, que já foi co-curadora da Bienal de São Paulo, e Marcelle vai expõe numa mostra organizada pelo Pinchuk Art Centre, sediado em Kiev, na Ucrânia.


Pavilhão do Brasil, Veneza 2011 por superalbertofilho

Como a Bienal ainda atribui prêmio, o cobiçado Leão de Ouro, há sempre uma grande expectativa em tono do artista vencedor e do melhor pavilhão. Este ano, o Leão de Ouro para melhor participante nacional foi para a Alemanha, representada este ano pelo artista Christoph Schlingensief, que morreu em agosto passado.
Christian Marclay pela sua peça The Clock, de 2010, em exposição no Arsenale, recebeu o Leão de Ouro de melhor artista, enquanto o Leão de Prata foi para o jovem promissor artista Haroon Mirza.
O júri também atribuiu duas menções especiais, uma ao Pavilhão da Lituânia, que foi representada por Darius Miksys, e uma à peça Untitled (Trashcan) de Klara Lidén, exposta no Arsenale. Adicionalmente e conforme a proposta de Curiger, os artistas Sturtevant e Franz West receberam Leões de Ouro de Carreira.


3 - 54th Art Biennale, Venice 2011 por superalbertofilho

LYON

No dia 15 de Setembro a Bienal de Lyon abriu as suas portas ao público. A argentina Victoria Noorthoorn, com residência em Buenos Aires e Nova Iorque, foi escolhida como curadora desta 11ª edição do evento, que tem direção artística de Thierry Raspail.
O título desta mostra é Une terrible beauté est née / Uma Terrível Beleza Nasceu, uma citação do poema ‘Páscoa’ (1916) de W.B. Yeats, sobre a revolta de centenas de rebeldes que exigiam a libertação da Irlanda pelos ocupantes britânicos. Indeciso, o poema se move entre afirmação, questionamento e negação.


Bienal de Lyon 2011: Promenade por superalbertofilho

Neste sentido, o título da Bienal é mais uma ferramenta metodológica do que um tema. Questiona o poder do paradoxo, a contradição, a tensão e a ambivalência, e também o atual estado de emergência sentido no mundo e nas artes.
Com mais de 200 obras expostas, a bienal ocupa quatro espaços da cidade francesa: Sucrière, Musée d’art contemporain de Lyon (MAC Lyon), Fondation Bullukian e l’Usine T.A.S.E., em Vaulx-en-Velin – até 31 de Dezembro de 2011.
O evento reúne 77 artistas de 25 países, que operam noções distintas e complementares: construção e destruição. Esse conceito está presente nos poemas do brasileiro Augusto de Campos estampados em dez paredes da exposição, revelando sua forte concepção estética e sua crítica ao uso tradicional da escrita.


Bienal de Lyon 2011: obras por superalbertofilho

A primeira experiência na sede da Sucrière vem na sonoridade da obra da brasileira Lenora de Barros, "O Encontro Entre Eco e Narciso", uma instalação com vozes e luzes, baseada na mitologia grega. O ambiente de mistério, onde uma voz recita frases nem sempre compreensíveis, dá o tom da mostra.
A seleção de artistas brasileiros ainda inclui Cildo Meireles com sua obra "A Bruxa" - um cabo de vassoura de onde saem dois quilômetros de fios negros, que invadem e transformam as demais obras da sala, e Laura Lima, que questiona o espaço expositivo com o "Puxador" - que dá a um homem nu a impossível tarefa de mover as colunas do local.
Esse tipo de procedimento permeia a montagem de forma coesa, apontando que a arte existe para criar conflitos - é uma bienal essencialmente política sem que nada seja literal.

ISTAMBUL

A Bienal de Istambul é considerada uma das mais independentes do gênero, na medida em que procura apresentar a arte como uma atividade crítica e experimental, evitando transformá-la em espetáculo.
Sem título, sem lista de artistas pré-divulgada, sem catálogo preparado antes da montagem, sem performances nem seminários, a 12ª Bienal de Istambul é aberta ao o público, fugindo do espetáculo. O visitante entra em dois armazéns do porto da cidade turca, deixando para trás a imponente Mesquita da Vitória para encontrar uma arquitetura simples, com salas sustentadas por placas de aço no exterior.


Bienal de Istanbul, 2011 por superalbertofilho

Há 20 meses preparando a exposição, que vem se destacando no calendário internacional por seu caráter experimental, o brasileiro Adriano Pedrosa e o costa-riquenho Jens Hoffmann concentraram as obras num só espaço - uma novidade desde que a bienal foi criada em 1987, e um contraste com a mais famosa e pomposa bienal do mundo, a de Veneza. Durante a exposição, até 13 de novembro, não haverá eventos paralelos - apenas mostras em museus e galerias -, caso raro entre as bienais.
“Há uma proliferação de bienais, e muitas acabam aprisionadas por aspectos como divulgação dos artistas, estratégias de marketing e títulos muito vagos, às vezes poéticos, às vezes políticos. Nossa proposta é uma resposta a isso" - explica Pedrosa, que no ano passado criou com Hoffmann um cartaz listando as diversas de bienais de arte existentes hoje.


2 - 12th Istanbul Biennial 2011 por superalbertofilho

Na verdade, a exposição tem um título: "Untitled (12th Istanbul Biennial), 2011" - ou "Sem título (12ª Bienal de Istambul), 2011". Mais do que ironia, o nome é uma referência a Félix González-Torres (1957-1996), que batizava suas obras de "Untitled" seguido de uma palavra ou uma frase entre parênteses. Nascido em Cuba, o artista - que viveu em Porto Rico e se radicou nos EUA em 1979 - é a grande inspiração dos curadores, que escolheram cinco de seus trabalhos como ponto de partida para criar cinco mostras coletivas, cada uma com um tema.
Em torno das mostras gravitam cerca de 50 exposições individuais, em salas de diversos tamanhos, na estrutura elaborada pelo japonês Ryue Nishizawa, arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker. Apesar de a bienal ter nascido de González-Torres, não há obras dele na mostra, apenas textos dos trabalhos que inspiraram os curadores. Eles não explicam o que o espectador vê, mas refletem os temas que norteiam a exposição.

CHEGOU A VEZ DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL?

De acordo com Tanya Barson, curadora de arte latino-americana da galeria britânica Tate Modern, a arte brasileira tem hoje um impacto muito mais amplo no circuito internacional do que em qualquer outro momento de sua história.


A colecionadora e diretora da feira internacional de arte de São Paulo (SP Arte), Fernanda Feitosa, concorda. Ela diz que, desde que o evento foi criado, há cinco anos, o número de galerias participantes dobrou, e o público também. E lembra que um dos marchands mais famosos do mundo, o britânico Jay Jopling - dono da galeria londrina White Cube e figura-chave nas carreiras de Damien Hirst e outros grandes nomes da arte britânica -, esteve na SP Arte em abril desse ano. "Achei muito sintomático que o Jay Jopling, ícone da arte dos anos 90, tenha dedicado uma semana da agenda dele ao Brasil".


A presença de Jay Jopling na SP Arte também chamou a atenção do jornal alemão DieWelt, que publicou uma reportagem afirmando que a arte do Brasil teria alcançado reputação sem precedentes no mundo e citou, além da visita de Jay Joplin à SP Arte, a exposição do brasileiro Cildo Meireles na galeria britânica Tate Modern, ano passado (um recorde de audiência) além da presença de cada vez mais obras do Brasil no acervo da galeria. O valor das obras no mercado internacional, disse o jornal, também estaria subindo.

26 setembro 2011

DESIGN E TECNOLOGIA: VOLVO ‘CONCEPT YOU’


A edição 2011 do Salão Internacional de Frankfurt ou IAA (Internationale Automobil-Ausstellung), que acontece neste mês - setembro, dá uma mostra de como serão as próximas gerações de automóveis. Exibidos sob os holofotes como conceito, eles mostram tecnologias que vão equipar os carros brevemente.
O foco central da expo, neste ano, destaca os veículos e as tecnologias que oferecem uma mobilidade mais econômica, eficiente e amiga do meio ambiente - a razão de ser do tema da mostra: "Future comes as stand". São 1.012 expositores de 32 países.


Volvo Concept You: video de lançamento por superalbertofilho

A Volvo apresenta, pela primeira vez, o seu protótipo – ‘Concept You’, com quatro portas de abertura antagônica e incríveis novidades tecnológicas no interior.
A maior novidade é a tecnologia baseada nas telas sensíveis ao toque no lugar dos botões. O Concept You tem controles divididos em quatro setores: um monitor digital com informação para o condutor, um display no espelho central do parabrisa, uma tela sensível ao toque no console central e outra entre os bancos dos passageiros. O volante também possui paddleshifts (borboletas) integradas às telas.


Volvo Concept You: luxo e tecnologia por superalbertofilho

O painel localizado no centro do console permanece em hibernação até que o motorista se vire até ele. Uma câmera sensível à luz infravermelha registra os movimentos dos olhos, ativando a exibição das informações. Outro sensor registra os movimentos das mãos e apresenta as opções de controle do sistema de entretenimento. As funções apresentadas podem variar dependendo de quem deseja controlar o sistema, o motorista ou o passageiro.


Volvo Concept You: sonorização por superalbertofilho
As opções de entretenimento integram um sistema high-end de sonorização Alpine. O subwoofer FreshAir, desenvolvido exclusivamente para o veículo, reproduz graves em alta fidelidade. O sistema de som se completa com pequenas unidades que combinam leveza com qualidade de áudio. Além disso, o condutor poderá transferir dados da tela central para o espelho do parabrisa ou mesmo trocar dados com os passageiros no banco de trás. Uma luz no console central flutuante indica a transferência de arquivos.

CONHEÇA OS DETALHES E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Volvo Concept You: construção por superalbertofilho

19 setembro 2011

PORTUGAL MOSTRA ‘BODYSPACEMOTIONTHINGS’ DE ROBERT MORRIS


O Museu de Serralves apresenta, até o dia 23 de outubro, a exposição “Robert Morris: Filmes, Vídeos e Bodyspacemotionthings”. A obra é uma instalação interativa, aberta à participação do público que é convidado a subir, escorregar e balançar através dos seus elementos (cilindros, rampas, túneis e paredes).

VIDEO: BODYSPACEMOTIONTHINGS DE ROBERT MORRIS



Trata-se de um dos primeiros momentos na história da arte contemporânea onde a obra existe a partir do momento em que é ativada através do espectador, que assume a condição de participante no processo artístico.
“Robert Morris: Filmes, Vídeos e Bodyspacemotionthings” vai mostrar também, ao público português, os seus filmes, que assumem a forma de algumas das experiências mais inovadoras sobre a relação do cinema com as artes visuais e performativas na segunda metade do século XX.

VIDEO: RYAN ROA SOBRE BODYSPACEMOTIONTHINGS



A apresentação desta exposição de Robert Morris é um dos momentos mais importantes do ciclo Improvisações/Colaborações depois da presença, em Serralves, de artistas que colaboraram com ele ou da inclusão de trabalhos seus na exposição Off the Wall, organizada pelo Whitney Museum of American Art, que em 1970 fez a primeira apresentação museológica individual da obra do artista.
Nascido em 1931, Robert Morris é, desde as décadas de 1960 e de 1970, um dos grandes protagonistas da mudança de paradigma nas linguagens artísticas contemporâneas.

VIDEO: BODYSPACEMOTIONTHINGS NA TATE MODERN



Esta exposição, trazida por Ryan Roa e João Fernandes, reconstitui a obra BodySpaceMotionThings (CorpoEspaçoMovimentoCoisas), que Robert Morris concebeu originalmente em 1971 para a Tate Gallery, de Londres, e que foi apresentada apenas uma outra vez, em 2009, na Tate Modern.

18 setembro 2011

SPENCER TUNICK: ‘MAR NÚ’


Mais de mil israelenses posaram nus na madrugada deste sábado (17/ 09) para a produção mais recente do fotógrafo americano Spencer Tunick, famoso por seus retratos de nus coletivos.
Para o primeiro projeto de Tunick no Oriente Médio, o fotógrafo escolheu como cenário uma praia privada da costa israelense do Mar Morto.

VIDEO: SPENCER TUNICK COMES TO ISRAEL TO CREATE "NAKED SEA"



Denominado de "Mar Nu", este trabalho de Tunick integra uma campanha internacional a favor do reconhecimento do Mar Morto como uma das sete maravilhas naturais do mundo.
Segundo especialistas, o Mar Morto corre o risco de desaparecer até 2050 caso não sejam adotadas medidas urgentes para evitar a seca. A cada ano o nível diminui um metro e em algumas áreas a margem recua mais de um quilômetro.

VIDEO: SPENCER TUNICK FOTOGRAFA MIL PESSOAS NUAS NO MAR MORTO.



Para realizar o projeto Tunick arrecadou dinheiro através da internet e manteve a escolha do local em segredo. Mais de 700 pessoas responderam ao seu pedido e forneceram US$ 116 mil.
Apesar da grande aceitação do trabalho de Tunick em Israel, alguns políticos e rabinos criticaram a idéia. O deputado Zevulun Orlev, do partido Habait Hayehudi, recorreu a uma imagem bíblica para se posicionar contra o que definiu como uma "Sodoma e Gomorra" fotográfica. Já um de seus colegas no Parlamento, Nissim Ze'ev, do partido ultra-ortodoxo sefardita Shas, declarou que mais do que criatividade, via na ideia "uma forma de prostituição".
Por este motivo, o local das fotos foi mantido em sigilo até o último momento.

VIDEO: ENTREVISTA DE TUNICK



"Amo Israel e faço isto para salvar o Mar Morto, que em 50 anos pode desaparecer", disse o fotógrafo à imprensa, afirmando que o local é "único país do Oriente Médio onde é possível efetuar este trabalho".
Tunick, que é judeu, lembrou também que sua família vive em Israel e que o Mar Morto faz parte das lembranças de sua infância.
A sessão de hoje esteve em risco até ao último momento, por dificuldades de financiamento e por pressões político-religiosas de Israel.
Seu propósito inicial era fazer as imagens no porto de Tel Aviv, mas os custos e a polêmica o fizeram mudar de opinião.

15 setembro 2011

MONUMENTOS SÃO ATACADOS EM ROMA


Uma onda de vandalismo contra monumentos históricos do patrimônio mundial está preocupando a polícia de Roma.
No último dia 5/09, as autoridades romanas divulgaram imagens do momento em que um homem não identificado é flagrado roubando pedaços de uma das estátuas de mármore da Fonte do Mouro, no centro da cidade.


Algumas horas depois, em frente a uma multidão de turistas, uma pedra foi lançada contra a mais famosa fonte romana, a Fontana de Trevi. A polícia não descarta que o autor dos dois ataques seja a mesma pessoa.
Em um terceiro caso, um estudante americano foi preso tentando escalar uma das paredes do Coliseu para levar para casa pedaços de mármore travertino como lembrança. Analistas apontam a dificuldade de policiar o frágil patrimônio histórico milenar romano em meio a cortes na economia italiana e tempos de turismo em massa para país.

13 setembro 2011

ARANHA É EXPOSTA NOS JARDINS DO MAM NO RIO


Uma aranha gigante chama a atenção de quem passa pelo aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Pesando 10 toneladas e com 10m de altura, a escultura batizada de Maman ("mamãe") é o destaque da mostra ‘Louise Bourgeois: o retorno do desejo proibido’, que já passou pelo Instituto Tomie Ohtake e entra em cartaz no dia 16 de setembro no Museu de Arte Moderna (MAM).

VÍDEO: O PROCESSO DE MONTAGEM DA OBRA



"A aranha é uma homenagem a minha mãe, que foi minha melhor amiga", escreveu a escultora - falecida em 2010, aos 98 anos de idade - depois de ser interpelada sobre sua obra mais expressiva. "Mamãe, assim como as aranhas, era tecelã, comandava com muita esperteza o ateliê de restauração de tapeçarias de nossa família e era superprotetora dos filhos."
A escultura de 1999 é feita em bronze, resistente às intempéries, e vai permanecer no jardim do MAM até o dia 15 de novembro.

VÍDEO: A EXPOSIÇÃO NO INSTITUTO TOMIE OHTAKE



‘Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido’ reúne um total de 112 obras – desenhos, objetos, pinturas, esculturas e instalações – concebidas entre 1942 e 2009. Com curadoria de Philip Larratt-Smith, organização do Studio Louise Bourgeois (Nova York) e realização do Instituto Tomie Ohtake, vincula a obra de Bourgeois a alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise. Imaginário autobiográfico, fantasmas do pai, ecos da infância, o ser mãe, a histeria, gênero e representação fálica, o fisiológico, a dimensão onírica e o inconsciente estão presentes em seus trabalhos que ativam um vocabulário ancorado em episódios de sua biografia, mas podem ressoar no corpo e na memória de qualquer espectador. Este arquivo inédito, que detalha a relação de Bourgeois com o mundo exterior, confirma a centralidade da memória em seu processo criativo.

12 setembro 2011

CONCEITO: CITROËN TUBIK - Sem espaço para o estresse


Criar um monovolume que sirva tanto para o trabalho quanto para o lazer é a ótica das ‘multivans’, que agora aparece sob o conceito da Citroën - o Tubik Preparado para o Salão de Frankfurt, que abre no próximo dia 15, o carro busca um novo conceito de inspiração.


A carroceria limpa e aerodinâmica lembra os trailers Airstream criados na década de 1930 e os furgões Futureliner usadas pela General Motors no show futurista Motorama, dos anos 1950. Segundo a marca, a inspiração veio da van Citroën H, feita entre 1947 e 1981.
Para aumentar a segurança e facilidade de visualização, as extremidades do Tubik foram pintadas de branco. São 4,80 metros de comprimento, 2,08m de largura e 2,05m de altura, com espaço para nove pessoas. O acesso é feito pela porta escamoteável tipo borboleta do motorista ou pela grande porta vertical do lado esquerdo, dividida em duas partes.


A estética retrô abriga um interior futurista e confortável - razão de ser desses modelos. A decoração da cabine transforma o seu interior em um verdadeiro lounge, para o transporte de executivos de maneira divertida, num conceito de ‘casulo fechado’.
Os assentos lembram as poltronas futurísticas do Philippe Starck. Os dois bancos traseiros podem ser estendidos, como se fossem uma chaise, ou cama, para abrigar “grupos afetivos” - saem as famílias formais e entram grupos de amigos. O conforto é ampliado pelo som de alta definição e uma tela LCD.
Para não incomodar, o motorista fica envolto pela moldura do banco. O condutor tem á disposição um Head-up Display, afora o conjunto de instrumentos que o volante abrigado.


VERDE
A propulsão do Tubik é a conhecida Hybrid4, que conjuga um motor 2.0 HDi turbodiesel dianteiro a outro elétrico na traseira, responsável por tracionar as rodas traseiras e criar um sistema de tração integral. Para contribuir no consumo, o conceito conta com rodas aro 22, mas com pneus mais estreitos, e suspensão hidropneumática, que pode baixar a altura de rodagem para poupar combustível.



11 setembro 2011

BRASIL NA FOTOSEPTIEMBRE 2011 - MÉXICO


O Brasil é o convidado de honra da 10ª edição da bienal de fotografia mexicana "Fotoseptiembre 2011", que apresenta mostras de Maureen Bisilliat, Joaquim Paiva e Milton Guran, entre outros artistas.


Brasil é país convidado na Fotoseptiembre 2011 por superalbertofilho

Segundo Alejandro Castellanos, diretor do Centro de Imagem, os eixos da participação brasileira são três: "a modernidade", "a cidade" e "a antropologia".
A mostra, aberta no dia 8 deste mês, exibe cerca de 200 imagens que Bisilliat capturou nas décadas de 60 e 70 no Brasil. A artista, que retratou o mundo de três grandes escritores brasileiros (João Cabral de Melo Neto, João Guimarães Rosa e Jorge Amado), comentou que com esta obra se sente como uma mensageira do passado.


Série Pele Preta, de 1963, por Maureen Bisilliat por superalbertofilho

Joaquim Paiva, atual cônsul do Brasil em San Francisco, apresenta a série "Lembranças de Brasília" com 142 imagens; e o antropólogo Milton Guran expõe 81 fotografias de cunho antropológico, uma parte da série "Filhos da terra", realizadas entre as décadas de 70 e 90, refletindo aspectos da vida de 16 tribos indígenas brasileiras.
O país também participa do encontro "México-Brasil: Zonas de experiência", no qual está previsto um diálogo de fotógrafos de ambas as nações.
No total, "Fotoseptiembre 2011" contará com 211 exposições, das quais 85% serão realizadas em diferentes estados do país, montadas em 167 espaços com a presença de 641 fotógrafos de 18 países.

09 setembro 2011

11 / 09: DEZ ANOS DEPOIS A EUROPA ESTÁ MAIS XENÓFOBA E OS EUA MAIS CONSERVADOR


Há fatos que ficam impregnados na memória das pessoas, e os atentados do 11 de Setembro são um deles. O mundo ficou chocado enquanto as televisões exibiam, exaustivamente, as imagens dos aviões se chocando contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o seu desabamento - 19 terroristas suicidas sequestraram quatro aviões americanos e os jogaram contra o Pentágono e as Torres Gêmeas, em Nova York. O chefe do grupo era o terrorista Osama Bin Laden, morto apenas este ano, num esconderijo no Paquistão.

VEJA AS IMAGENS QUE PERCORRERAM O MUNDO


As imagens pelo mundo por superalbertofilho

O então presidente George W. Bush soube capitalizar o episódio politicamente, revertendo uma forte trajetória de queda de popularidade com a declaração da auto-intitulada “Guerra ao Terror” - passou a defender o combate aos “males” do mundo árabe por meio de ações armadas no Afeganistão e no Iraque, escolhidos como representantes de povos intolerantes, antidemocráticos e atrasados.
O efeito dessa retórica nas ruas de países europeus e nos Estados Unidos foi a discriminação de cidadãos “suspeitos” de serem árabes - sintetizados nas figuras de Osama Bin Laden e Saddam Hussein.

VEJA A DECLARAÇÃO DE GEORGE W. BUSH


Fala do ex-presidente George W. Bush por superalbertofilho

Não só o impacto inédito dessas imagens, mas as consequências desse ataque nos perseguem até hoje. O mundo ficou bem mais complicado, os Estados Unidos mais divididos, a hegemonia americana abalada. Não se pode atribuir tudo isso diretamente aos atentados. Talvez a força deles esteja no fato de tornar mais visível o que já acontecia como grandes correntes de transformação.

MUNDO DIFERENTE

Um mundo menos tolerante às diferenças e mais fechado a novos ventos. O saldo dos dez anos dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York e Washington não teria como ser positivo.
A geopolítica mundial se transformou, parte das nações ricas perdeu o poder de referência, e a solução encontrada por alguns foi a de impor muros e barreiras a outras culturas. Os Estados Unidos de 2011 já não se mostram como superpotência incontestável, especialmente depois de conviver com uma crise econômica que se espalhou pelo mundo em 2008 e 2009.
Ainda, crescem as pressões por uma reforma nos organismos multilaterais, em especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e de seu cobiçado Conselho de Segurança.
A crise financeira desencadeada em 2008, e desdobrada neste ano, abalou as certezas sobre a distribuição de forças e, por ora, aparece a possibilidade de que a China venha a superar a potência do Norte na economia.

SAIBA DA AMEAÇA TERRORISTA UMA DÉCADA DEPOIS DOS ATENTADOS


A ameaça terrorista um década depois por superalbertofilho

O fato é que decorridos dez anos após o episódio, ainda estamos dominados pelo medo da eclosão de novos furores, em meio à crise financeira internacional e à situação de grande instabilidade política atual no Oriente Médio.

O “11 de setembro”, dez anos depois, nos leva à reflexão e comprova que pela violência não haverá o mundo melhor que desejamos. A história tem mostrado que violência gera violência. Deste modo, precisamos aproveitar esta data para reforçar o apelo pela cultura da paz. Ao invés de ficarmos abalados ao rever as imagens do ataque às Torres do World Trade Center, devemos, a partir desta tragédia, defender com maior convicção a não-violência como alternativa para o mundo. Precisamos, portanto, retomar o fôlego e assumir a coragem de defender a vida e a paz, num mundo cada vez mais seduzido pelos apelos da violência.

CONHEÇA O GROUND ZERO


Ground Zero por superalbertofilho

LEMBRANÇAS

O site da revista Rutgers Law disponibilizou, no dia 8 deste mês, na internet, quase a totalidade das conversas que envolveram os aviões sequestrados pelos terroristas em 2001. Pela primeira vez, é possível escutar a sequência de praticamente todas as conversações entre torres de controle, tripulações e autoridades militares durante a ação terrorista - a única exceção são os últimos 30 minutos das gravações relativas ao vôo 93 da United Air Lines, que não foram disponibilizadas por motivos pessoais dos familiares das vítimas.

NO CINEMA

De 1969 a 2001, as Torres Gêmeas participaram em inúmeros filmes de Hollywood. Às vezes, aparecem com destaque no primeiro plano, outras vezes espreitam na paisagem. Esta montagem celebra a carreira das torres no cinema, com o passar das décadas.


torres gemeas por superalbertofilho

08 setembro 2011

GREGORI WARCHAVCHIK: PRIMEIRA CASA MODERNISTA DO BRASIL


Ucraniano, naturalizado brasileiro, Gregori I. Warchavchik (Odessa, 1896 - São Paulo, 1972) foi um dos principais nomes da primeira geração de arquitetos modernistas do Brasil, projetando e construindo para si aquela que foi considerada a primeira residência moderna do país.

Gregori chegou ao Brasil em 1923, no auge da vanguarda modernista, apenas um ano após a Semana de 1922, encontrando aqui uma predisposição à aceitação das ideias que ele trazia da Europa - os preceitos de Walter Gropius, Mies van der Rohe e Le Corbusier. Oportunamente, naquele momento São Paulo fervilhava de intelectuais defensores da nova arte. Warchavchik logo entrou em contato com o grupo modernista de São Paulo, onde conheceu a jovem paisagista Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite paulista, com quem se casou.


Em 1925, o arquiteto escreveu aquele que seria o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil, publicado inicialmente em italiano no jornal Il Piccolo - intitulado "Futurismo?" e, posteriormente, traduzido e republicado pelo Correio da Manhã, sob o título de "Acerca da Architectura Moderna". No artigo, o arquiteto criticou os ornamentos, ressaltou o moderno e fez elogios à "máquina de morar".

A PRIMEIRA CASA MODERNISTA DO BRASIL


Em 1927, em função de seu casamento, Warchavchik começa a construir para si, na rua Santa Cruz, bairro de Vila Mariana, em São Paulo, aquela que seria considerada a primeira casa modernista do país, concluída em 1928.


O projeto, a construção, a decoração, os interiores, os móveis e as peças de iluminação, são de autoria do arquiteto. Mina Klabin Warchavchik, além de contribuir financeiramente com a construção, inclusive dispondo de terreno de sua familia, colaborou com o projeto paisagístico para o jardim.


O projeto para a casa teve como objetivo a racionalidade, o conforto, a utilidade, uma boa ventilação e iluminação. Inspirado nas paisagens brasileiras, criou uma arquitetura que se adaptou à região, ao clima e às tradições do país.

VIDEO: A CASA MODERNISTA DA RUA SANTA CRUZ



Os participantes da Semana de Arte Moderna de 1922 opinaram sobre o sucesso de Warchavchik, ao conseguir uma essência nacional na casa sem comprometer o objetivo de romper com os elementos tradicionais da Arquitetura.


A casa, hoje pertencente ao Estado de São Paulo, foi tombada em 1980 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e reconhecida como Patrimônio Histórico pelo IPHAN, tornando-se um parque.

A CASA DA RUA ITÁPOLIS


Em 1929 Warchavchik projetou a "Casa Modernista da Rua Itápolis", onde aplicou suas idéias de forma mais livre, pois já dominava técnicas mais arrojadas.
Em 1930, a casa de linhas retas, fachada branca e concreto armado, foi aberta com uma exposição de móveis, objetos e obras de modernistas como Tarsila do Amaral e Victor Brecheret.


A casa ficou em exposição de 26 de março a 20 de abril de 1930 e impulsionou a renovação arquitetônica brasileira, tornando-se uma referência e complementando a revolução assinalada pela "Semana de Arte Moderna de 1922". Nessa casa aconteceram várias exposições de arte moderna, havendo uma grande efervecência cultural dos intelectuais de vanguarda.


No projeto, Warchavchik procurou resolver, de maneira mais estética possível, a questão econômica e funcional.

VIDEO: 3 D DA CASA MODERNISTA DA RUA ITÁPOLIS



Ao contrário do tradicional, eliminou corredores com a finalidade de obter mais espaço. Uma planta-baixa pequena, simples e econômica mudou a concepção de muitos a respeito da arquitetura moderna e passou a ser referência para o Estado.


Warchavchik recebeu muitos elogios. Le Corbusier, que visitou a casa ainda em construção, em 1929, decidiu, em uma reunião junto com outros intelectuais paulistas, na própria residência, que Warchavchik representaria não só o Brasil como toda a América do Sul, como delegado do Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (CIAM).


Um ano mais tarde, em função da Revolução de 1930, Lúcio Costa é convidado a assumir a direção da Escola Nacional de Belas Artes. Uma de suas providências foi convidar Warchavchik para lecionar no curso de Arquitetura. O convite foi aceito e enquanto dava aulas também produziu alguns projetos. Juntamente com Lúcio Costa, montou um escritório, onde Niemeyer trabalhou como desenhista.

VIDEO: PRIMEIRA CASA MODERNISTA DO BRASIL COMPLETA 80 ANOS



Na comemoração dos 80 anos da mostra original, em 2010, a casa foi restaurada pela família Warchavchik e reaberta para visitação.

VIDEO: NOITE DE REABERTURA DA CASA MODERNISTA DA RUA ITÁPOLIS



03 setembro 2011

INTERNET: Wikileaks vaza mais de 250 mil documentos


O Wikileaks disponibilizou ontem (02/ 09/2011), 251.287 documentos diplomáticos do Departamento de Estado norte-americano, a maioria deles sem edição, com nomes das fontes. A ação vinha sendo reportada pela mídia desde que foram disponibilizados os primeiros 134.000 documentos.

EUA DENUNCIAM PERIGO DA NOVA PUBLICAÇÃO DE DOCUMENTOS VAZADOS PELO WIKILEAKS



A medida foi alvo de críticas de grandes jornais que no passado colaboraram com a organização. Autoridades norte-americanas advertiram que a divulgação dos documentos poderia ameaçar pessoas vulneráveis como integrantes da oposição e ativistas de direitos humanos de vários países.

No Twitter, o grupo sugeriu que não teve escolha a não ser publicar todo o material porque cópias dos documentos já estavam circulando na rede após uma violação de segurança. O Wikileaks responsabiliza o Guardian pelo problema, que rejeita a acusação.

DOCUMENTÁRIO: WIKIREBELS - LEG PT



Num sinal de distanciamento entre o Wikileaks e as empresas tradicionais de mídia, a organização disse que vai recorrer cada vez mais à colaboração de usuários da internet para peneirar seus documentos vazados – uma nova tática do grupo, que contava com importantes parceiros para organizar e promover seus vazamentos de informações sigilosas.

02 setembro 2011

KARINA SMIGLA-BOBINSKI: “ADA” – Analoge Interactive Kinetic Sculpture


Preenchido com uma combinação de hélio e ar, flutuando livremente em uma sala, “ADA” - obra da artista polonesa Karina Smigla-Bobinski, é um globo transparente composto por uma membrana de silicone e 300 pinos de carvão/carbono espalhados por toda sua superfície, que rabiscam as paredes, teto e piso, de modo autônomo, embora movida pelo visitante.



Com a interação do espectador, os riscos pretos criam uma composição de linhas e pontos, construindo um desenho com padrões que ficam cada vez mais complexos, conforme o número de espectadores-atores aumenta. Cada vez que o visitante movimenta a bola, sua reação sofre ação das leis da física e libera o movimento correspondente. “ADA” é uma "criatura" pós-industrial, animada pelo visitante, auto-informante - uma escultura-artista que atua criativamente. Ela se interpreta.


A obra recebeu o nome da matemática inglesa Ada Lovelace, uma condessa do século 19 e filha do poeta britânico Lord Byron, reconhecida como a primeira programadora da história - escreveu um programa que poderia utilizar a máquina analítica de Charles Babbage. Lovelace tentou conceber uma máquina que fosse capaz de criar como um artista, mas seus algorítimos eram puramente matemáticos e o computador criativo que a matemática imaginou nunca foi construído.


A história de Ada Lovelace conquistou os corações, recebendo muitas homenagens na produção artístico-tecnológica, mas depois de tantas as homenagens high-tech, encontramos uma obra que volta aos princípios físicos da movimentação do gás para criar uma instalação interativa: "ADA" - uma máquina de performance vital, com potencial humano, quando o único método de decodificação disponível para seus signos e desenhos é a imaginação de cada um.


Nascida em 1967, em Szczecin, na Polônia, Karina vive e trabalha como artista em Munique e Berlim, na Alemanha. Estudou artes na Academia de Belas Artes de Cracóvia, Polônia, e fez mestrado em Munique no ano de 2000. Trabalha com mídia analógica e digital e faz instalações, intervenções, objetos, vídeos, projetos para o palco e online. Seus trabalhos foram mostrados em 71 cidades de 29 países em cinco continentes.


A instalção “ADA” está em Belo Horizonte, integra o FAD – Festival de arte digital, de 2011, e pode ser conferida no Museu Inimá de Paula.

01 setembro 2011

MOSCOU ABRIGA A MAIOR EXPOSIÇÃO DE DALÍ NA RÚSSIA


O Museu Pushkin de Belas Artes de Moscou abre, no próximo sábado - 3 de setembro de 2011, a maior retrospectiva dedicada a Salvador Dalí que o país já recebeu.
A exposição realiza um percurso através da produção do artista, desde os anos 20 até suas últimas pinturas, e oferece ao visitante a oportunidade de apreciar a evolução, não só técnica, mas também de suas influências, recursos temáticos, referências ideológicas e o simbolismo do seu universo original.


A seleção detalhada das obras, realizada pela Fundação Dalí e o Museu Pushkin, pretende oferecer ao público um olhar na trajetória da vida e da obra de Dalí, assim como explorar sua última etapa. A mostra reúne 25 pinturas a óleo, 20 aquarelas, 70 desenhos e diversas fotografias.


A diretora do museu, Irina Antonova e os curadores da exposição, Montse Aguer, diretora do Centro de Estudo da Fundação Dalí e Alexei Petujov, curador do museu russo, concordam que essa mostra vai trazer novos elementos para aprofundar o conhecimento da produção de Dalí para um público que tem demonstrado grande interesse no artista e sua musa Gala, nascida em Kazan. O projeto da exposição é do renomado pintor russo Boris Messerer, cenógrafo do do Teatro Bolshoi.

DOCUMENTÁRIO BBC: MODERN MASTERS - SALVADOR DALÍ


STEVEN KLEIN: USAnatomy no MuBe


O projeto Photoseries, mostrou USAnatomy entre 11 e 28 de agosto deste ano (2011) - 87 obras ocuparam o grande salão central do Museu, em São Paulo. Desta vez, a série de exposições fotográficas, com os maiores nomes da fotografia e da moda no mundo, trouxe o fotógrafo americano Steven Klein ao Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, em São Paulo.

STEVEN KLEIN E USAnatomy NO VITRINE



Com curadoria de Chico Lowndes, a mostra inédita trouxe 40 fotos, incluindo dois trípticos, em grandes dimensões, mais 47 polaróides originais. A exposição fez uma panorâmica do fotógrafo cujo trabalho faz o mundo da moda e o universo da arte se encontrar.

LARA, FICTION NOIR



Favorito das celebridades de todas as áreas, Steven já registrou com suas lentes grandes personalidades: Brad Pitt e Angelina Jolie, Justin Timberlake, Natalie Portman, Elton John, Prince, Tom Ford, Vitoria e David Beckham, Naomi Campbell, e modelos brasileiros, como Jesus Luz, Izabel Goulart e Alessandra Ambrósio, posam para sua câmera como nunca fizeram para outros fotógrafos. Esse trabalho é publicado nas principais revistas do mundo e Klein é amado pelos editores.

BRAD PITT CASE STUDY



Além das imagens, também foi exibido o vídeo Your Hallucination Is Now Complete, que faz, em oito minutos, uma retrospectiva de quinze anos do trabalho do fotógrafo.

LADY GAGA FAME - A FILM BY STEVEN KLEIN



Além de colaborar, há muito anos, na realização de vídeos, shows e fotos de sua amiga Madonna, Steven Klein é o diretor do videoclipe Alejandro, de Lady Gaga, considerado um dos mais polêmicos da atualidade. Seu trabalho já foi mostrado em grandes galerias de arte nas principais cidades do mundo.

STEVEN KLEIN'S X-STaTIC PRO=CeSS - MADONNA



INTERVIEW: STEVEN KLEIN & MADONNA COLLABORATION



Klein nasceu em Nova York em 1961. Formado em pintura pela Escola de Design de Rhode Island, tornou-se um dos fotógrafos mais requisitados do mundo ao clicar as campanhas de empresas como Calvin Klein, Dolce & Gabanna, Alexandre McQueen, Nike e outras.

STEVEN KLEIN WORKS



Links externos: site oficial do fotógrafo e MuBE