Em 2008 a guerra no Iraque chega com força total às telas de cinema, com várias produções abordando seus momentos mais dramáticos. Após o fim da Guerra do Vietnã, o cinema esperou por anos para poder abraçar o tema, mas com o Iraque preferiu agir antes. O resultado é a transformação em filmes, no estilo documentário, de três dos mais emblemáticos e trágicos episódios envolvendo a ocupação americana no Iraque.
O diretor americano Brian de Palma escolheu como tema o estupro e assassinato de uma jovem iraquiana de 14 anos em 2005, em Al-Mahmudiyah. A obra provocou a ira de um grupo que a considerou um insulto às Forças Armadas americanas e criou o site Boycott Redacted, promovendo a hostilidade ao filme,
O britânico Nick Broomfield recriou, em Battle for Haditha, a ação em que fuzileiros navais americanos mataram 24 civis iraquianos, incluindo mulheres e crianças. "Os Bushes e Blairs" da vida é quem seriam os verdadeiros responsáveis, segundo disse o diretor em um recente debate em Londres. Ele ainda não sabe quando seu filme será lançado nos Estados Unidos ou mesmo se alguma distribuidora terá coragem em fazê-lo.
O terceiro episódio envolvendo atrocidades de soldados americanos no Iraque a chegar ao cinema é o da prisão de Abu Ghraib. O trabalho do diretor Errol Morris parece estar sendo mais bem aceito pela indústria americana: produzido pela Sony Pictures, SOP será lançado em abril nos Estados Unidos.
Para atingir um público muitas vezes cansado do noticiário diário, esse cinema engajado, inspirado em tragédias reais da política e das guerras, é uma alternativa a um jornalismo banalizante e fragmentado.
CINEMA CONTEMPORÂNEO
VIDEO - RICHARD HAMMOND PRESENTS BLOODY OMAHA (The Graphics)
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