09 abril 2011
PERFORMANCE E VIDEO: PAUL McCARTHY
Paul McCarthy nasceu na cidade de Salt Lake City, Utah, em 1945. Iniciou seus estudos na University of Utah, depois foi para a San Francisco Art Institute e se graduou em pintura. Em 1972, transferiu-se para a Universith of Southern California, onde estudou cinema, vídeo e arte, e recebeu o título de Mestre.
McCarthy ganhou reconhecimento com suas performances intensas, baseadas em vídeo, trabalhando com a temática dos tabus acerca do corpo, sexualidade e rituais de iniciação. Seu trabalho também aborda as questões da família, infância, violência e disfunção, se utilizando de fluidos corporais, tinta e comida para criar críticas elaboradas e grotescas na iconografia cultural.
PAUL MCCARTHY: "CLASS FOOL" (1976)
Desde o início dos anos 1970, sua produção consiste de performances registradas em vídeos e fotografias, além de esculturas em grande escala e instalações multimídia, todas elas inspiradas na indústria do entretenimento norte-americana.
Em 1972 McCarthy apresentou ‘Black and White Tapes’, que deriva de uma série de performances realizadas no seu estúdio de Los Angeles entre 1970 e 1975. Concebido para a câmera e executado exclusivamente para poucos espectadores, esta performance utiliza o vídeo para articular tanto o operador quanto o espaço do estúdio.
Paul é um artista que conduz o indivíduo na observação dos aspectos do cotidiano, sob um prisma de exageros, deformações e aberrações, provocando repulsa, indignação, rejeição e outros sentimentos de desagrado. Sua obra une o ritualístico e o profano, sangue e catchup.
Em 1974 apresentou “Sauce”, uma performance onde ele realizou uma gama extraordinária de atividades sexuais com uma garrafa de ketchup.
PAUL MCCARTHY: "BLACK & WHITE TAPES" | Art21 "Exclusive"
Em ‘Rocky’, de 1976, estão reunidos alguns dos principais interesses de McCarthy: a máscara, os fluidos corporais e a encenação para a câmera. Na performance o artista veste bermuda e luvas de boxe, e imita a maneira pela qual o ator Sylvester Stallone luta como o personagem Rocky no filme homônimo de 1976. Ele começa a bater na própria cabeça como que para limpar seus pensamentos e demonstrar sua virilidade, mas gradualmente o número e a violência dos golpes aumentam. Parece que o personagem está tendo uma luta imaginária com outra pessoa, mas como no filme, ela se transforma em uma luta consigo mesmo. Ele também esfrega ketchup de tomate sobre os seus órgãos genitais, às vezes se masturbando. Aos poucos o personagem atinge um estado de exaustão perto de inconsciência e cai no chão, mas continua a se debater.
PAUL MCCARTHY: "SAUCE" (1974)
Sobre seu trabalho declarou: "My work came out from kid's television in Los Angeles... My work is more about a clown than a shaman".
Participou das Bienais de Veneza, Carrara, Sidney, Gwanzju, Berlin e costuma se apresentar individualmente em espaços como a Whitney Biennale e o Museum of Modern Art. O artista é representado pela Hause & Wirth Galleries.
McCarthy conta freqüentemente com a colaboração do artista Mike Kelley.
PAUL MCCARTHY: "PAINTER" (1995)
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