
No final de 2010 o vídeo ‘A Fire in My Belly’, do artista David Wojnarowicz, fazia parte de uma exposição sobre sexualidade, no National Portrait Gallery, e os 11 segundos que mostram Jesus foram considerados ofensivos por William Donohue, presidente da Liga Católica nos Estados Unidos.
Sob pressão, o museu, que é parte do Instituto Smithsonian, retirou o vídeo da mostra horas após a reclamação, sob o argumento de que, apesar de não considerar a obra “anticristã”, a polêmica em torno de sua exibição estava roubando as atenções do resto da exibição.

O vídeo de Wojnarowicz tem 30 minutos no total e foi feito em 1987, com a intenção de retratar o sofrimento de vítimas da Aids e homenagear um parceiro do artista, que morreu de complicações da doença. O próprio Wojnarowicz morreu da mesma doença, cinco anos depois.

A polêmica continuou ao longo de uma tarde, quando cerca de cem pessoas convocadas pela galeria Transformer fizeram uma passeata até a National Portrait Gallery em protesto contra a exclusão do vídeo de Wojnarowicz.

Outro congressista, o democrata James P. Moran Jr, que preside o subcomitê do Congresso responsável por parte do financiamento artístico, disse ao Washington Post que inicialmente viu “mau gosto” no vídeo de Wojnarowicz. Mas “considero ainda pior que ele tenha sido censurado da exibição”.
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