22 julho 2010

CAÇA ILEGAL


A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante quatro argentinos, um paraguaio e três brasileiros que caçavam na região de Sinop, no Mato Grosso. Outros sete suspeitos também foram detidos. A quadrilha atuava nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná e sua principal atividade era o abate de animais de grande porte, principalmente onças-pintadas, pardas e pretas.
As investigações tiveram início no ano passado, depois de relatos do encontro de carcaças de onças em algumas fazendas na região pantaneira e do sumiço de felinos que estavam em monitoramento pelo Ibama. Os criminosos estavam acompanhados do filho do “Caçador de Onça” – o mais famoso caçador desses felinos no Brasil –, que se diz regenerado e convertido ao trabalho pela preservação da espécie.
As investigações apontaram que o conhecido caçador e seu filho se aproveitavam do programa desenvolvido pelo IBAMA, de monitoramento por coleiras, para acobertar a caça clandestina e predatória. De acordo com a polícia, os caçadores chegam ao Pantanal por meio de aviões particulares, que pousam em fazendas da região equipados com modernas armas de caça. Nas fazendas usam cães, normalmente cedidos por caçadores da região ou por fazendeiros que têm interesse em proteger o gado.
Há evidências de que alguns “troféus” seriam levados até para o exterior, uma vez que a PF descobriu a freqüente participação de um taxidermista (empalhador de animais) de Curitiba (PR). Ainda, as caçadas eram organizadas por outro profissional do Paraná, que mora em Cascavel. Pelos chamados “safáris”, os clientes pagavam por animal abatido e, por um valor maior, tinham direito a pele, cabeça ou a todo o animal, que era empalhado em Curitiba.

POLICIA INVESTIGA SAFARIS NO MATO GROSSO DO SUL

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