“Santa Fu”, nome com o qual a penitenciária Fuhlsbüttel, de Hamburgo, norte da Alemanha, é conhecida, faz linha de produtos criados, manufaturados e embalados pelos detentos de uma das cadeias mais famosas do país.
Comercializada sob o lema "mercadorias quentes da cadeia”, a grife “Santa Fu” já é considerada “cult” pela imprensa local e tem na irreverência sua marca principal. Os artigos são inusitados e contam sempre com um toque sarcástico de humor.
O jogo da memória “Tatoo” mostra fotos de tatuagens dos corpos dos próprios detentos. As camisetas e bótons trazem palavras como “culpado”, “inocente”, “perpétua” ou apenas estampas lembrando grades.
O jogo “Alarm!” (alarme), funciona como um Ludo ao contrário. Quem vence não é quem chega primeiro ao objetivo, mas quem salta mais rápido do tabuleiro, que representa uma prisão. No livro de culinária “Huhn in
Handschellen” ("Galinha Algemada"), uma das receitas mais curiosas criadas pelos presidiários é a do “espaguete com peixe torturado”, com arenque enlatado como ingrediente principal. A grife tem também produtos de beleza, como o set masculino para higiene pessoal “Bleib sauber” ("Fique Limpo"). Realizado há dois anos pela instituição carcerária, em parceria com agências de publicidade e marketing, o projeto foi premiado com o selo “Alemanha, país das idéias”, um reconhecimento do governo alemão a empreendimentos inovadores no país.
A iniciativa chama atenção por incentivar a reabilitação dos presos auxiliando, ao mesmo tempo, outros projetos de cunho filantrópico. Parte da renda é destinada a uma entidade de assistência a vítimas de crimes.
Até agora, o projeto já vendeu mais de 17 mil produtos, faturando quase 300 mil euros, através dos cerca de 40 pontos de vendas distribuídos em algumas cidades alemãs e pela página de internet da iniciativa - http://www.santa-fu.de/
LINK EXTERNO
Penitenciária Fuhlsbüttel (em alemão)





“As maiores mudanças foram nos campos da colaboração com serviços que permitem às pessoas de diferentes locais trabalharem simultâneamente em projetos. Em 2006, a colaboração era muito focada em palavras. A rede está virando um sistema operacional”
