05 abril 2009

ROBÔ-BIÓLOGO FAZ DESCOBERTA CIENTÍFICA ORIGINAL

Batizado Adam, ele conseguiu elucidar o papel de alguns genes do processamento de energia biológica de micróbios, e o resultado de seu primeiro estudo foi comprovado por cientistas humanos. Sua principal habilidade é realizar experimentos moleculares com paciência e perseverança.
Amanda Clare, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Aberystwyth (Inglaterra), uma das criadoras do robô, explica que ele está mesmo mais para um técnico aplicado que para um gênio criador.
Basicamente, o novo robô parte de hipóteses sobre a estrutura das moléculas que vai estudar e realiza experimentos com reações químicas para testá-las.
Surpreendentemente, consegue adivinhar também como prosseguir com o experimento caso o teste dê certo ou errado. É uma rotina semelhante à de biólogos que tentam entender o funcionamento de vários genes de uma vez para testar novos medicamentos.


ADAM. The Robot Scientist at Aberystwyth... por superalbertofilho

O que Adam descobriu agora foi o papel de alguns genes do metabolismo de leveduras usadas para fermentar pão. Algo trivial para um biólogo molecular. Clare reconhece que dificilmente essa descoberta estaria descrita em estudo na edição de hoje da prestigiada revista 'Science' se ela não tivesse sido feita por um autômato.
E não é só no campo da biologia que robôs ameaçam o emprego dos graduandos ao assumirem tarefas chatas em laboratórios.
Outro estudo na "Science", de físicos da Universidade Cornell (EUA), mostra um autômato que elaborou equações para descrever o comportamento de um pêndulo articulado, um problema matemático complexo.
Clare tranquiliza os estudantes. "Graduandos não têm nos seus cérebros toda a maciça informação sobre genômica gerada hoje", diz. "Mas eles têm algo que os computadores não têm: o entendimento de biologia básica. Essa informação ainda não é possível codificar em computadores.

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