05 abril 2008

40 ANOS DA MORTE DE MARTIN LUTHER KING

Milhares de pessoas saíram às ruas em Washington, nesta sexta (04/04) para lembrar os 40 anos do discurso "Eu tenho um sonho", do ativista negro americano Martin Luther King.


Martin Luther King Jr. nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta, na Geórgia. Filho e neto de pastores da Igreja Batista, King integrou o movimento de não-violência já no colégio. Graduou-se em sociologia no Morehouse College, em 1948, com orientação de Benjamin Mays, um ativista dos direitos civis.
Em 1951, King formou-se no Seminário Teológico Crozer, na Pensilvânia e, em 1954, tornou-se pastor da Igreja Batista em sua cidade natal. Em 1955, ele concluiu seu doutorado em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston.

DOCUMENTÁRIO: BIOGRAFIA DE MARTIN LUTHER KING 2º

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Por seu histórico, King foi selecionado para liderar a ‘Associação para Melhora de Montgomery’, que organizou um grande boicote e conseguiu acabar com a política de segregação racial nos transportes públicos da cidade. Durante a campanha de 381 dias, muitas ameaças foram feitas contra a sua vida, ele foi preso e viu sua casa ser atacada.


Em 1957, King formou a Conferência de Liderança Cristã do Sudeste, começou a fazer palestras por todo o país relatando suas experiências e pedindo pela criação de movimentos de não-violência para lutar pelos direitos civis dos afro-americanos.


Em 1960, King foi preso por protestar contra a segregação racial. Sua prisão ganhou divulgação nacional e o então candidato presidencial John F. Kennedy (depois eleito presidente) intercedeu para obter sua liberação.

DISCURSO COMPLETO DE MARTIN LUTHER KING: EU TENHO UM SONHO (I HAVE A DREAM) Legendado em Português



Em 1963, King ajudou a organizar a Marcha a Washington, uma assembléia que reuniu mais de 200 mil manifestantes pelos direitos civis. Foi para estes manifestantes que King fez seu discurso, "I have a dream". A marcha influenciou diretamente a aprovação no Congresso do Ato pelos Direitos Civis, em 1964 que determinou os parâmetros da igualdade entre os cidadãos nos Estados Unidos.


Pela sua atuação em prol dos direitos civis, King foi o mais jovem homem a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1964 e em 1965 recebeu o Pacem in Terris.
Em 1968, ele foi a Memphis apoiar uma greve de trabalhadores sanitaristas. Lá, em 4 de abril, foi assassinado.

ENTREVISTA COM O CONDENADO PELA MORTE DE MARTIN LUTHER KING EM 27/08/1979



O suposto assassino, Earl Ray, começou confessando o crime, mas pouco depois se retratou e proclamou sua inocência até sua morte há 10 anos, chegando inclusive a convencer a família de King.


Principal figura da luta pelos direitos cívicos dos negros nos anos 50 e 60, após sua morte se tornou um mito. Em 1986, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear o líder negro, o chamado Dia de Martin Luther King, mas só em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os Estados do país.


Quarenta anos após a morte do líder Martin Luther King, os negros americanos têm uma crescente representatividade política, mas sofrem com a desigualdade econômica. Além disso, os movimentos organizados – vários deles criados pela luta de King – perderam muito de sua força. Esta é a opinião do historiador americano David Garrow, de 55 anos, autor de “Bearing the Cross: Martin Luther King, Jr., and the Southern Christian Leadership Conference”, biografia do líder do movimento negro. A publicação do livro em 1987 rendeu a Garrow o cobiçado Prêmio Pulitzer.

MALCOLM X

Mas o pacifismo de Luther King provocava também rejeição entre grupos como a Nação do Islã (NOI) de Malcolm X ou o Black Power, que enfatizavam o orgulho negro, chegando, em algumas ocasiões, a pregar a superioridade negra.

MALCOLM X EXPLAINS BLACK NATIONALISM (March 29, 1964)



Enquanto Martin Luther King apostava na resistência pacífica como arma para enfrentar o racismo e a segregação, Malcolm X defendia a separação das raças, a independência econômica e a criação de um Estado autônomo para os negros. Ao lado de Elijah Muhammed, viajou pelos principais Estados norte-americanos para pregar as suas idéias e defender a libertação dos negros.


No dia 21 de fevereiro de 1965, quando discursava no Harlem, Malcolm X foi assassinado com 13 tiros, ao lado de sua mulher Betty, que estava grávida, e de suas quatro filhas. A polícia não encontrou provas, mas suspeitou da participação da "Nação do Islã" no crime.

AUTOBIOGRAFIA DE MALCOLM X (ALEX HALEY)


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