09 novembro 2009

MISSÃO CHINESA VAI PROCURAR TESOUROS ROUBADOS

A China pretende enviar equipes de especialistas para os Estados Unidos, Europa e Ásia para encontrar tesouros que foram roubados do país. A equipe está em busca de itens valiosos que foram levados do antigo Palácio de Verão, em Pequim, destruído e pilhado por tropas britânicas e francesas em 1860. Hoje, o local abriga um parque, onde algumas das ruínas estão expostas.
Baseado em cálculos estimados, historiadores acreditam que 1,5 milhões de itens podem ter sido roubados do lugar e estar em 200 museus de 47 países.
A expedição mais recente anunciada pelo diretor do museu, Chen Mingjie, visitará museus, bibliotecas e coleções privadas nos Estados Unidos. Depois eles irão à Europa – com especial ênfase para a Grã-Bretanha e França – e a países asiáticos – em especial ao Japão.
Nos últimos anos, a China vem se tornando cada vez mais atuante na questão da recuperação de tesouros roubados. Os líderes chineses costumam lembrar, em seus discursos, incidentes como o roubo de tesouros e a destruição do antigo Palácio de Verão.
No começo do ano, duas estátuas de bronze roubadas do Palácio de Verão e levadas de Pequim no século XIX foram leiloadas, provocando indignação nos chineses.

Um colecionador de arte chinês foi o autor dos lances vencedores (15 milhões de euros, cada num) no leilão da coleção de arte do falecido estilista Yves Saint Laurent, realizado em Paris, mas disse que não tinha a intenção de pagar por elas. Cao Mingchao, que também é assessor de uma fundação privada chinesa, procura recuperar tesouros saqueados e disse que as relíquias não deveriam ter sido oferecidas em leilão, já que, foram furtadas do Palácio de Verão de Pequim.
"Eu estava apenas cumprindo minha responsabilidade", disse Cai, que em 2006 pagou mais de US$ 13 milhões por uma estátua de Buda, em ouro, num leilão em Hong Kong.

VIDEO: VISITA A CASA DE YVES SAINT LAURENT



O parceiro de Yves Saint Laurent, Pierre Bergé, que declarou antes do leilão, que devolveria os bronzes se a China autorizasse o retorno do líder espiritual tibetano exilado, o Dalai Lama, fez pouco caso da controvérsia."Não conseguiram a devolução (dos bronzes). Então imagino que tenham pressionado um comprador", disse ele à rádio “France Info”, acrescentando que, se o comprador não pagar, não receberá os bronzes.

VIDEO: CHINA LUTA PARA RECLAMAR ARTE NO LEILÃO DE YVES SAINT LAURENT



A fundação assessorada por Cai - Fundo da China para a Recuperação de Artefatos Culturais -, diz em seu site (http://www.relicsrecovery.org/) que foi criada em 2002 por um grupo de acadêmicos e "pessoas de destaque". Em comunicado, uma porta-voz da Administração do Patrimônio Cultural da China disse que a fundação não é vinculada ao governo.

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