30 novembro 2011

INTERNET: ESTUDANTE NA EUROPA PROCESSA FACEBOOK


O estudante de direito em Viena, Max Schrems, iniciou um processo contra o Facebook, a maior rede social do mundo criada por Mark Zuckerberg.
Após descorir que os dados apagados do Facebook não são realmente excluídos, quis saber o que havia sido armazenado sobre ele e, com muitas dificuldades, conseguiu um CD com toda a informação coletada durante os três anos em que fez parte desta rede. Quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1.200 páginas.

VEJA O VÍDEO (legendado)



Todo o material - histórico de chats, cutucadas, pedidos de amizade, posição religiosa, etc. - era classificado em 57 categorias que possibilitam facilmente a seleção de dados, possibilitando identificar qualquer informação desejada – sobre a vida pessoal, profissional, religiosa ou política. Além desse material, mesmo as mensagens, fotos e outros arquivos que ele havia deletado continuavam armazenados nos servidores do Facebook.
Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas "removia da página" e não "deletava". Isso significa que, quando uma informação é publicada no Facebook, ela jamais é excluída.


Após descobrir que o Facebook possui servidores na Irlanda, entre agosto e setembro de 2011, Schrems abriu 22 queixas contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner, um órgão deste país. Para acompanhar o caso, o estudante de direito criou o site "Europe versus Facebook" [http://europe-v-facebook.org/EN/en.html].

CONTRAPONTO DO HOLODECK

Ótima oportunidade/brecha essa que o estudante de direito Max Schrems encontrou para ganhar visibilidade e, talvez, muito dinheiro. Mas é claro que dá para perceber, desde sempre, que os dados inseridos na rede nunca mais saem de lá: por isso tantos serviços gratuitos. E isto é divulgado abertamente. As informações inseridas pelos usuários é que são os ativos das empresas na Internet – quanto mais dados maior o valor.
Nos sites de compartilhamento de vídeos existem filmes – como os abaixo – já antigos, que alertam os usuários para as ‘possibilidades’ da inserção de dados na rede.

VIDEO: PENSE ANTES DE POSTAR



Também, há quase 4 anos atrás o brasileiro Nelson Mattos, vice-presidente de engenharia do buscador do Google para a Europa, Oriente Médio e África, que chefia 500 engenheiros espalhados em doze capitais européias, concedeu uma entrevista exclusiva à swissinfo (abril de 2008), onde falou sobre a estratégia da empresa e o futuro da Internet.
O vice-presidente disse que o objetivo do Google (divulgado em 1998) é organizar toda a informação do mundo. Em segundo lugar, fazer com que essa informação esteja disponível a qualquer usuário e que seja útil para ele. E nem toda a informação no mundo é baseada em texto. O volume de imagens, vídeos e áudios que cresce na internet é algo fenomenal.


Segundo Mattos, como a missão da Google é organizar todas as informações do mundo, obviamente aquelas que estão sendo criadas dentro de um ambiente de redes sociais - onde você está interagindo com seus amigos, colocando suas imagens, escrevendo no chat - também são informações. “E é claro que achamos importante poder organizá-las e torná-las disponíveis a qualquer pessoa. Se você tiver procurando imagens, é possível que elas estejam armazenadas dentro de um sistema de rede social.” Ainda, Mattos comentou que a estratégia da Google não é necessariamente competir com todos os sistemas da rede, porém existe a necessidade de permitir a compatibilidade e o transporte de dados entre elas.

Leia a entrevista completa clicando aqui.

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