15 outubro 2011

INICIATIVA PRIVADA E A ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL: INSTITUTO FIGUEIREDO FERRAZ ABRE AS PORTAS EM RIBEIRÃO PRETO


O colecionador e empresário do setor sucroalcooleiro João Carlos de Figueiredo Ferraz inaugurou, em Ribeirão Preto - interior paulista, o instituto que leva seu nome e pretende pôr a região no mapa das artes do país. Com um acervo de quase mil obras, entre quadros, esculturas e instalações, o paulistano pode ser considerado um dos maiores colecionadores do país.
Segundo o site da instituição, o Instituto Figueiredo Ferraz é um espaço concebido para a difusão de arte e cultura. Para aproximar o público do conhecimento e estimular reflexões o IFF oferece, além do espaço expositivo, uma agenda de cursos e palestras com artistas, críticos, curadores e outros agentes das diversas áreas culturais.

VIDEO INSTITUCIONAL



Ferraz começou a colecionar no fim da década de 1970. Em 2001, foi exibida a mostra O Espírito de Nossa Época - Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz nos Museus de Arte Moderna de São Paulo e do Rio, apresentando destaques do acervo. Entre os artistas representados na sua coleção, estão Adriana Varejão, Cildo Meireles, Ernesto Neto, Sued, José Resende, Rosângela Rennó, Leda Catunda, Vik Muniz, Tunga, Iole de Freitas e Nuno Ramos, além de estrangeiros.


Com vocação para as artes plásticas, o Instituto tem como ponto de referência a coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, exposta em caráter permanente, e se propõe a trazer exposições temporárias através de parcerias com as mais importantes instituições culturais do país.
Agnaldo Farias curador da exposição de abertura do instituto, "O Colecionador de Sonhos" - com 154 obras do acervo de Ferraz, comenta que um acordo com a Pinacoteca do Estado, o Instituto Tomie Ohtake e o Itaú Cultural deverá propiciar a ida de exposições desses espaços, para exibição no Instituto Figueiredo Ferraz.

VIDEO: CURADORIA E COLECIONISMO



O colecionador quer, agora, concretizar um segundo desejo: promover em 2013 uma exposição inédita que reúna obras de artistas que despontaram na década de 1980 em torno do ateliê Casa 7. Nuno Ramos, que fez parte do grupo e está na mostra atual, diz que faltam ações no país como a de Ferraz: "Vejo um número razoável de colecionadores, mas poucos que conseguem mostrar a coleção ao público."


Já faz tempo que o empresário e colecionador João Carlos de Figueiredo Ferraz quer levar a público seu acervo de arte contemporânea. Em 2006, ele havia anunciado que faria uma parceria com a Pinacoteca do Estado para doar ao museu, em regime de comodato, sua coleção particular. Mas a idéia era de que a Pinacoteca administrasse um espaço em Ribeirão Preto. O projeto não foi adiante. Houve ainda a tentativa de criar um espaço para sua coleção em Piracicaba.



Link externo: http://www.institutofigueiredoferraz.com.br

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