26 julho 2011

MIES VAN DER ROHE: O PAVILHÃO ALEMÃO DE BARCELONA

MIES VAN DER ROHE: GERMAN PAVILLION



Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969), considerado um dos mais importantes arquitetos do século XX e mentor do modernismo, sempre buscou uma racionalidade que pudesse guiar a sua projeção dos espaços arquitetônicos. Sua concepção envolvia uma profunda depuração da forma, voltada às necessidades do lugar, segundo o preceito do minimalismo, ‘Less is more’.




Depois da Primeira Guerra Mundial, se afastou dos estilos tradicionais em busca de uma nova arquitetura para a era industrial, influênciado pelo Expressionismo, o Suprematismo, o Construtivismo russo (construções escultóricas e eficientes, usando materiais industriais modernos) e o Grupo holandês De Stijl.

MIES VAN DER ROHE: GERMAN PAVILION



Em 1921, Mies projetou um impressionante arranha-céu de vidro e metal, seguindo-se uma série de projetos pioneiros que culminariam, em 1927, num dos seus mais famosos edifícios: o pavilhão alemão para a Feira Mundial de 1929 em Barcelona.




O Pavilhão Barcelona é considerado um marco importante na história da arquitetura moderna, sendo conhecido pela sua geometria depurada, e pelo uso inovador e extravagante de materiais tradicionais como o mármore ou novos materiais industrializados como o aço e o vidro.

GERMAN PAVILLION: RECONSTRUÇÃO



A edificação foi demolida no final da Feira Mundial de 1929, mas devido à importância que teve para a história da arquitetura e na própria biografia do arquiteto, a Fundação Mies van der Rohe encomendou sua reconstrução, no mesmo local, durante a década de 1980.




O pavilhão é uma composição suprematista-elementista, apesar das associações clássicas de seu traçado regular de oito colunas e do uso liberal dos materiais tradicionais. A estrutura é assentada sobre um grande pódio ao longo de um espelho d'água e conta com oito pilares de aço - cujo desenho em cruz grega tornou-se célebre na arquitetura moderna -, que sustentam a cobertura plana do edifício. A regularidade da estrutura e a solidez de sua base em travertino são reflexos da tradição de Schinkelschüler evocada por Mies.




No geral o edifício caracteriza-se pela presença de planos perpendiculares que constróem o espaço tridimensional, a partir de uma configuração volumétrica de formas depuradas, considerada simples e refinada. Como elementos de vedação, verifica-se o uso de cortinas de vidro delimitando os espaços internos e externos, e divisórias baixas de alvenaria no interior.




Alguns deslocamentos no volume do pavilhão foram criados a partir de leituras ilusórias de superfície, como o uso de biombos de vidro verde junto aos planos revestidos por mármore polido verde de Tinian, que refletem as barras verticais cromadas. O contraste do ônix polido, e a parede que contorna o terraço principal com sua piscina refletora, são os termos de textura e cor encontrados no projeto.

DOCUMENTÁRIO COMPLETO: BARCELONA CHAIR



Como forma de promover o desenho integral do espaço, seguindo a intenção do projeto, Mies desenhou a ‘Cadeira Barcelona’ (uma das cinco peças neoschinkelescas desenhadas pelo arquiteto nos anos 1929-30), considerada um marco no desenvolvimento do design moderno. A cadeira é produzida e comercializada até hoje. Duas dessas cadeiras foram utilizadas como assento para os monarcas espanhóis durante visita à exposição.




DESMATERIALIZAÇÃO DA ARQUITETURA

A aplicação da procura da essência na arquitetura tem como conseqüência sua desmaterialização. A arquitetura de Mies tornou-se somente estrutura e membrana externa ou, como ele mesmo dizia, uma arquitetura de “pele e osso”. A perfeição técnica dos detalhes viria apenas a apoiar este sentimento de vazio do espaço, que segundo Mies, deveria ser preenchido pela vida.




Os projetos de Mies são, às vezes, completamente ideais, somente espaço, como seus arranha-céus de vidro de 1922 ou a residência Farnsworth, nos EUA, de 1950. Em outros, matéria e espaço interagem em um jogo constante, como na residência Tugendhat de 1931, patrimônio histórico da humanidade, na cidade tcheca de Brno.
Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projetar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade.

GERMAN PAVILLION: PROMENADE



Link externo: - http://www.miesbcn.com/

24 julho 2011

AMY WINEHOUSE: morre a jovem diva do soul


O corpo de Amy Winehouse, de 27 anos, foi encontrado ontem, em Londres. A morte anunciada da cantora encerra uma carreira meteórica - foram apenas dois discos, Frank (2003) e Back to black (2006), além de cinco prêmios Grammy.
Nascida em 1983, a cantora era filha do taxista Mitch Winehouse e da famarcêutica Janis. Criada em família judia, cresceu nos subúrbios de Londres. A carreira começou cedo: aos 10 anos, ela e uma amiga formaram o grupo de rap Sweet’n’ Sour.
Logo após o lançamento do CD de estréia – ‘Frank’ (2003), Amy passou a enfrentar um turbilhão emocional. O segundo álbum – ‘Back to black’ (2006), fez enorme sucesso e deu fama mundial a artista. Conhecida pela inconfundível voz grave, pelo penteado e maquiagem, a inglesa se tornou ícone fashion: em todo o mundo, garotas copiam o seu estilo.

LIVE AT GLASTONBURY FESTIVAL 2008



Tragédia anunciada
Em 2007, de volta a Londres depois de turnê em Chicago (EUA), Amy Winehouse passou por todos os pubs entre o aeroporto e seu bairro, Camden Town. A “excursão” terminou em lavagem estomacal. Naquele ano, foi internada, supostamente por overdose.
Em janeiro de 2008, era paciente, pela primeira vez, de uma clínica de reabilitação. Depois, neste mesmo ano, teve o visto de entrada nos Estados Unidos negado, sendo impedida de comparecer e se apresentar na 50ª edição do Grammy, onde ganhou cinco estatuetas. Mesmo assim Amy se apresentou ao vivo, de Londres, via satétite.



Em fevereiro de 2009 foi acusada de roubar bebidas e pertences de hóspedes no Caribe. Em julho, divorciou-se de Blake Fielder-Civil. Em dezembro, em Londres, gritou durante a apresentação da peça ‘Cinderela’ e agrediu o gerente da casa.
Em janeiro deste ano, durante turnê pelo Brasil, hospedada em suíte sem bebidas, roubou as garrafas de um quarto vizinho. Em maio, internada novamente em Londres, recebeu o ultimato dos médicos: morreria se não parasse de beber. Escolheu a primeira opção. Certa vez, a mãe, Janis, declarou: “Estamos vendo ela se matar. Já aceitei sua morte.

AMY WINEHOUSE EM BELGRADO, 2011



Em seu último show, no dia 18 de junho, Amy se apresentou em Belgrado, no parque Kalemegdan. Durante a apresentação, a artista agachou-se para pegar bebida já na primeira música. Cada novo gole era motivo para palmas. “Enche a cara!”, foi a frase mais gritada para a inglesa. Back to black foi o único momento em que chegou perto de ir ao encontro do público. No dia seguinte, as capas dos tabloides sérvios mostraram um rosto deformado gritando e classificaram o show como “o pior da história de Belgrado”.


Cercado de expectativas, canções inéditas foram gravadas para um terceiro álbum em 2009, mas a gravadora Island rejeitou as demos porque Amy se rendera ao reggae. Ela chegou a anunciar que o CD seria lançado em janeiro deste ano. “Vai ser bem parecido com o meu segundo álbum, tem muita coisa de jukebox”, afirmou. Mas brigou com o produtor Mark Ronson pela internet. “Você está morto para mim”, declarou a estrela.
Com a morte de Amy, o destino das faixas inéditas ficou nas mãos da gravadora. O disco rejeitado pode virar a sensação da temporada. A última gravação da inglesa foi a versão de ‘It’s my party’, hit dos anos 1960 de Leslie Gore, feita para tributo a Quincy Jones, em 2010.

22 julho 2011

NOTA DE FALECIMENTO: LUCIAN FREUD (1922 - 2011)


O pintor alemão Lucian Freud, conhecido por seus retratos realistas - nus e auto-retratos, morreu nesta quarta-feira (22) em Londres, aos 88 anos. O marchand do artista, William Acquavella, informou em comunicado que o artista morreu à noite, em sua residência londrina, após uma doença, sem dar mais detalhes. O agente descreveu Freud como "um dos grandes pintores do século XX" e disse que "vivia para pintar e pintou até o dia de sua morte, afastado do barulho do mundo da arte".


Neto do psicanalista Sigmund Freud, de uma família de classe média alta, Lucian nasceu em Berlim em 1922 e migrou para o Reino Unido acompanhado da sua família em 1933, aos 10 anos, escapando do nazismo. Tornou-se cidadão britânico em 1939. "Eu era muito solitário, falava mal inglês. Era considerado mal humorado, o que me deixava orgulhoso", ele disse certa vez.
Estudou e se formou em escolas de arte inglesas. Chegou a servir como marinheiro mercante e fez sua primeira exposição individual em 1944. Em 1946, viajou para Paris e para a Itália, mas decidiu se instalar definitivamente em Londres.

VIDEO: LUCY FREUD INTERVIEW AT THE ARTS CLUB, MAYFAIR

PARTE 1



PARTE 2



A marca do seu trabalho é a representação da figura humana. No início de sua carreira Freud preferiu o surrealismo, pintando pessoas e animais em justaposições inusitadas. A mudança definitiva de estilo aconteceu a partir dos anos 50.
Em 1976, Freud fez parte do grupo de artistas dedicados à pintura figurativa, denominado School of London, ao lado de Francis Bacon. A fama veio quando começou pintar retratos. Em 1989 ganhou o Prêmio Turner, o mais importante das artes visuais inglesas.


Freud radicalizou situações de desconcerto físico e intelectual em retratos de apurado realismo, reagindo à padronização humana com sarcasmo e ironia. Expressou a constatação do envelhecimento, assim como as “cicatrizes” pessoais, que remetem à memória e à sensualidade.
Nicholas Serota, diretor da galeria londrina Tate, afirmou: "A vitalidade de seus nus, a intensidade de suas pinturas 'still life' e a força de seus retratos garantem a Lucian Freud um lugar único no panteão artístico do século 20". O artista é um ícone da arte da passagem do século 20 para o século 21.

VIDEO: LUCIAN FREUD NEWSNIGHT REPORT



Freud se tornou o pintor vivo mais cotado quando, em 2008, a pintura Benefits Supervisor Sleeping (1995), de uma mulher obesa recostada em um sofá, foi arrematada por 33,6 milhões de dólares em um leilão na sede nova-iorquina da Christie's (aqui: http://noholodeck.blogspot.com/2008/05/lucian-freud-recorde-mundial.html).

VIDEO: AN EXCLUSIVE TOUR OF LUCIAN FREUD'S STUDIO



Entre seus últimos trabalhos, está o retrato da modelo Kate Moss, nua e grávida, finalizado em 2002 - um dos únicos retratos de celebridades pintados por Freud, que sempre preferiu usar modelos de sua convivência, como familiares e amigos. A tela foi vendida no mesmo ano por 20 milhões de dólares a um colecionador desconhecido. Além de Kate Moss, Freud pintou a rainha Elizabeth II.
Rumores dizem que o artista teve cerca de 40 filhos ilegítimos. Oficialmente, Freud deixa 13 filhos gerados em quatro casamentos diferentes.

DOCUMENTÁRIO: LUCIAN FREUD PAINTED LIFE


18 julho 2011

CULTURA JAPONESA


SUMÔ


O Sumô é uma luta de competição japonesa, em que dois atletas (rikishi) competem num ringue circular (dohyō) onde o primeiro a tocar o chão com qualquer parte do corpo exceto os pés ou pisar fora do dohyō perde a luta. Um rikishi também perde a luta se aplicar algum golpe proibido. O sumô é bastante antigo e conserva rituais xintoístas.

DOCUMENTÁRIO: A NORMAL LIFE - CHRONICLE OF A SUMO WRESTLER



O dohyō, onde são disputadas as lutas, é uma plataforma quadrada feita de barro com um círculo de fardos de palha de arroz em seu centro, dentro do qual se realizam as lutas. Suspenso acima do ringue, uma espécie de telhado que lembra um templo xintoísta, completa o cenário.

VIDEO: SUMMER GRAND SUMO TOURNAMENT FINAL HIGHLIGHTS (Tokyo - 20 May 2012)



Com o objetivo de demonstrar que a luta é feita sem armas, de "mãos limpas", o lutador de Sumô traja apenas o mawashi na luta. O mawashi é uma faixa de tecido grosso que é enrolado em volta da cintura do lutador e serve tanto para proteger as partes intimas quanto para ser agarrada para efetuar golpes.


GUEIXA


As Gueixas são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à crença popular, as gueixas não trabalham com sexo. Podem chegar a flertar, mas seus clientes sabem que não irá passar disso, e esse é o fato que encanta muitos homens na cultura de uma gueixa.
No Japão a condição de Gueixa é cultural, simbólica repleta de status, delicadeza e tradição. Quioto é considerado o lugar onde a tradição de gueixa é a mais forte hoje em dia.

DOCUMENTÁRIO BBC: GEISHA GIRL (2005)



A gueixa moderna ainda vive nas tradicionais casas chamadas okiya em áreas chamadas hanamachi ("cidades de flor"), particularmente durante a sua aprendizagem. A aprendiz – Maiko, é referida como han'gyoku ou "meia-jóia", ou pelo termo mais genérico o-shaku, literalmente, "aquela que verte (álcool)". O elegante mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ("a flor e mundo de salgueiro").

DOCUMENTÁRIO: GEISHA PRESSURE



Hoje, as mulheres jovens que desejam se tornar gueixas começam o seu treinamento depois de concluir o ensino fundamental ou até o ensino médio e começam as suas carreiras na idade adulta. A gueixa ainda estuda instrumentos tradicionais como o shamisen, shakuhachi (flauta de bambu), e tambores, bem como canções tradicionais, dança tradicional japonesa, cerimônia de chá, literatura e poesia. Ainda, observando as gueixas, as Maiko se tornam habilidosas nas complexas tradições ao redor, selecionando e usando quimono, e na relação com clientes.

VIDEO: MAIKO OR GEISHA PAINTING HER FACE (The Full Film)



Muitas gueixas experientes que são bastante prósperas decidem viver independentemente. Para o trabalho, a Geixa é contratada para assistir a festas e reuniões, tradicionalmente em casas de chá (ochaya) ou em restaurantes japoneses tradicionais (ryōtei). O seu tempo é medido pela queima de um bastão de incenso, chamado senkōdai, ou gyokudai ("taxa de jóia").

15 julho 2011

ARTE LOWBROW


Lowbrow, é um termo utilizado para descrever um movimento underground de artes visuais que surgiu na área de Los Angeles no final da década de 1970. É um movimento artístico popular muito difundido, com origens no mundo do underground comix, na musica punk, no hot-rod e outras culturas alternativas da Califórnia. Também é conhecido pelo nome de surrealismo pop.

VIDEO: THE LOWDOWN ON LOWBROW



Alguns dos primeiros artistas em criar aquilo que chegaria a ser conhecido como arte Lowbrow eram narradores visuais – de quadrinhos - underground como Robert Williams e Gary Panter.

ROBERT "ROBT" WILLIAMS INTERVIEW



Williams diz ter cunhado o termo em 1979, quando a editora Rip-Off Press decidiu publicar um livro com suas pinturas, que ele deu o título de "The Lowbrow Art of Robt. Williams" – até então nenhuma instituição de arte reconhecia este tipo de arte. O termo "Lowbrow" foi usado em oposição a highbrow (intelectual, elevado).


Atualmente existem diferentes formas em como o Lowbrow se manifesta - o estilo difundiu-se ao redor do mundo, se misturou com as tendências culturais dos lugares e criou novas ramificações.

NEW BROW: CONTEMPORARY UNDERGROUND ART



Durante as décadas de 1980 e 1990 os museus, críticos de arte, galerias do mainstream e etc., em sua maioria, excluíram o movimento. Isto pode dever-se ao fato de que muitos artistas do movimento Lowbrow começaram suas carreiras como autodidatas, no campos da ilustração, tatuagem e quadrinhos, e o mundo da arte tem dificuldades com o enfoque figurativo do Lowbrow, seu cultivo da narrativa, e sua grande valoração das habilidades técnicas.


Entretanto, alguns artistas que começaram suas carreiras em galerias Lowbrow têm passado a exibir seu trabalho em galerias de belas artes. Joe Coleman, Mark Ryden (a partir da sua exposição de 2007, 'Tree Show'), Robert Williams, Manuel Ocampo, Georganne Deen, e os irmãos Clayton são alguns exemplos.

VIDEO: MARK RYDEN - THE TREE SHOW



Pode-se encontrar ecos do enfoque Lowbrow na história da arte do século XX, como o dadaísmo e os exponentes de movimentos que têm questionado as distinções entre cultura popular e cultura da arte refinada, como Marcel Duchamp e Thomas Hart Benton. O Lowbrow consiste em explorar e criticar essas distinções, e é por isso que compartilha similaridades com a arte pop da década de 1960 e princípios dos 70.


A arte Lowbrow se caracteriza pela releitura do absurdo, pelo uso profuso de simbolismos e uma ligação forte com a arte popular, demonstrada pela cartoonização de muitos elementos, sem a descontextualização artistica ou diminuição de suas referencias.

ARTE LOWBROW: MARK RYDEN


Mark Ryden (1963) é um dos artistas mais importantes da arte Lowbrow. É um pintor norte-americano nascido no Oregon, que estudou Ilustração e se formou em Pasadena, Califórnia, em 1987. Atualmente vive e trabalha na cidade de Eagle Rock, dividindo o estúdio com sua companheira, a artista Marion Peck.


Seu trabalho bastante detalhado, envolve caricaturas e uma espantosa combinação de garotinhas, carne, numerologia, simbologia Católica e Budista. Trabalha desde grandes formatos em óleo sobre tela, até pequenos desenhos em papel.

VIDEO: INCARNATION BY MARK RYDEN



Ryden é influenciado pela arte fantástica, de Alice no país das maravilhas, pelo Surrealismo e trabalhos Renascentistas bem como pelas novas formas de expressão que surgiram no seculo XX. Ilustrou capas de disco de diversos musicos, desde Dangerous, do Michael Jackson ate um disco do Red Hot Chili Peppers.

VIDEO: THE TREASURES OF LONG GONE JOHN




http://www. markryden.com/

ARTE LOWBROW: RAY CAESAR

Ray Caesar nasceu em Londres em 26 de outubro de 1958. Desde pequeno desenhava em qualquer coisa que encontrasse pela frente, desde paredes e até mesmo no chão, mas só resolveu mostrar suas obras aos 45 anos, depois de sonhar com sua mãe que havia morrido à apenas alguns meses. Hoje, vive de suas obras.

Muito da sua inspiração é resultado de suas próprias experiências de vida, como as adquiridas durante os 17 anos em que trabalhou como “medical artist” no departamento de fotografia de um hospital no Canadá, onde fotografou abuso de crianças, reconstrução cirúrgica, experiências com animais e até material forense. Além disso, buscou inspiração nos surrealistas Salvador Dali e Frida Kahlo.

Além da temática complexa, seu trabalho artístico é inteiramente digital - modelado em 3D e texturizado com fotos, algumas ligadas à sua vida, como a de uma cicatriz do pai, ou a que precisou convencer o médico a fotografar no interior de seu corpo durante uma cirurgia. Estas referências pessoais podem ser reconhecidas em sua obra, onde ele expressa visões intensas e criativas que misturam o infantil e ingênuo, com o sexual e macabro.

VIDEO: RAY CAESAR AT RICHARD GOODALL GALLERY



http://www.raycaesar.com/

10 julho 2011

ARTE CONCEITUAL: YVES KLEIN


Yves Klein (1928 -1962) foi um artista francês considerado uma figura importante da arte européia após a Segunda Guerra Mundial. Críticos da época o classificavam como neodadaísta, embora outros, mais tarde, o classificasse como um precursor “enigmático” da arte contemporânea.

De 1942 a 1946, Klein estudou na Escola Nacional da Marinha Mercante e na Escola Nacional de Línguas Orientais e iniciou a prática do judô. Nesta época começou a pintar e compôs sua primeira sinfonia monotônica em 1947.

VIDEO: MONOTONE SYMPHONIE



Em 1954 começou a pintar campos monocromáticos, mas sem fixar-se em uma única cor. Ao final da década de 1950 seus trabalhos monocromáticos tornaram-se quase exclusivamente produzidos em em uma cor azul, intenso, que ele patenteou como International Klein Blue (IKB, =PB29, =CI 77007), embora a cor jamais tenha sido produzida comercialmente.

VIDEO: YVES – PROPOSITIONS MONOCHROMES 1957



Em 1955, depois de viajar pela Itália, Reino Unido, Espanha e Japão, Klein estabeleceu-se definitivamente em Paris onde, em 1956 suas pinturas monocromáticas foram exibidas nas Galerias Colette Allendy e Iris Clert.

Em 1960, paralelamente às pinturas convencionais, Klein utilizou modelos nuas como “pincéis vivos” - cobertas com tinta azul elas se ‘imprimiam’ sobre as telas para formar a imagem. Este tipo de trabalho ele denominou de “Antropometria”.

VIDEO: ANTHROPOMETRIES CREATION



Outras pinturas com este método de produção e com a mesma denominação, incluíram “gravações” com chuva e fogo. Em um dia chuvoso, Klein levava uma tela com tinta fresca, amarrada no capô do carro, deixando a chuva ”construir” a composição. Outras vezes o artista imprimia a silhueta das modelos, também nuas, com um líquido inflamável depois ao fogo de um maçarico "pintava" as impressões na tela.

VIDEO: APRESENTAÇÃO DE DUAS PERFORMANCES HISTÓRICAS DE YVES KLEIN: “ANTHROPOMETRIES OF THE BLUE PERIOD” E “FIRE PAINTINGS”, DE 1960.



Algumas vezes sua criação se transformou em performances - em 1960, por exemplo, uma platéia vestida a rigor observou modelos realizarem suas tarefas enquanto um grupo de músicos executavam “A Sinfonia Monotônica”, de 1949, que consistia de uma única nota.

VIDEO: APRESENTAÇÃO DE BLUE WOMEN ART, EM 1962



O trabalho de Klein é considerado metafísico e filosófico, particularmente sobre a natureza do vazio e da ausência - uma zona neutra em que as pessoas são induzidas a concentrar-se em suas próprias sensações e na “realidade”, e não na “representação”.

Em um ato que tornou-se conhecido da arte de Yves Klein, ele ofereceu e coordenou a venda de espaços vazios na cidade em troca de ouro. Ele desejava que os compradores experimentassem “o Vazio” vendendo-lhes espaços vazios. De seu ponto de vista, esta experiência somente poderia ser paga com o mais puro material: o ouro. Para restabelecer a “ordem natural” que ele desequilibrou pela venda dos espaços vazios (que agora não eram mais “vazios”), jogou o ouro que recebeu no rio Sena.


Klein também é conhecido como fotografo, e utilizou a fotografia como evidência de sua capacidade de realizar uma viagem lunar sem auxílio. A fotografia da série Saut dans le vide (Salto no Vazio), que o mostra de braços abertos saltando do alto de um muro em direção da calçada, foi publicada como parte de panfleto de Klein (o artista do espaço) denunciando as expedições lunares da NASA como arrogantes e estúpidas.


Klein apresentou sua obra através de formas reconhecidas pela arte - pinturas, livro, composição musical - mas removendo o seu conteúdo, como pinturas sem imagens, livro sem palavras, musica sem composição, restando apenas a expressão artística, tal como ela é. Deste modo ele tentou criar para sua platéia uma “Zona de Sensibilidade Pictórica Imaterial”.

VIDEO: YVES KLEIN COM O VAZIO, PLENOS PODERES



Ele quis que seus temas fossem representados por suas impressões: a imagem de suas ausências. Seu trabalho reporta-se intensamente a um contexto teórico e de história da arte, mas também metafísico e filosófico, e em seu trabalho ele tentou oferecer ao público a experiência de uma idéia poderia ser simultaneamente “sentida” e “entendida”.

Klein morreu em Paris de infarto do miocárdio em 1962 com 34 anos, pouco antes do nascimento de seu filho de sua amante, Roze Mary.

VIDEO: O MAKING OF DA OBRA ÍCONE DE YVES KLEIN, FC1 (FIRE COLOR 1)



PIERO MANZONI E A 'MERDA DE ARTISTA'


Piero Manzoni (1933) foi um artista italiano conhecido por suas obras conceituais, em resposta direta ao trabalho de Yves Klein. Suas obras chegam a ser vendidas por mais 1 milhão de libras. É celebre sua obra ‘Merda de Artista’, um manifesto anti-pop-art, um ataque direto ao mercantilismo da arte e às galerias, que foi aos limites do surrealismo e da arte dadá.


Em maio de 1961 Manzoni defecou em 90 pequenas latas, a merda italiana, genuína, do artista. Depois selou-as como mandam as regras da indústria alimentar, numerou-as e assinou-as como mandam as regras do mercado de arte e vendeu-as por peso, pelo preço da grama de ouro. As latas, além de numeradas e assinadas, têm três faces com inscrições que dizem sucessivamente : “Merda D`Artista”; “Merde D`Artiste” e “Artists Shit”. A autenticidade do produto é garantida pela inscrição: "Merda d’artista, numerata, firmata e conservata al naturale".



Nos anos seguintes ele as distribuiu em várias coleções de arte por todo o mundo e angariou diversos prêmios. Hoje as latas de Merda do Manzoni são um ícone da arte conceitual, da qual ele é considerado um percursor.
Muitas latas explodiram, resultado de corrosão e de gases em expansão.
Piero Manzoni morreu de infarto do miocárdio em seu ateliê em Milão, em 1963.

VIDEO - Felipe Chaimovich, curador do MAM, fala sobre a importância de Piero Manzoni na arte


05 julho 2011

CAPITÃO AMÉRICA SE DEDICA A DEFENDER OS IDEAIS AMERICANOS


Para evitar que o excesso de americanismo atrapalhasse a carreira do novo filme do Capitão América, a Paramount e a Marvel ofereceram duas opções para o título: "Capitão América: o primeiro Vingador" ou apenas "O primeiro Vingador".
Três países preferiram suavizar o americanismo: na Rússia, Ucrânia e Coréia do Sul, o filme vai se chamar "O primeiro Vingador". Os motivos para a escolha não foram revelados, mas a Paramount acredita em "questões culturais e políticas".
O filme do Capitão América provavelmente não será lançado na China, onde é permitida a exibição de apenas 20 filmes estrangeiros por anos.
"Capitão América: o primeiro vingador" chega aos cinemas brasileiros em 29 de julho.

CAPTAIN AMERICA THE FIRST AVENGER - TRAILER OFICIAL