20 março 2009

PAPA REJEITA PRESERVATIVOS COMO SOLUÇÃO PARA AIDS NA ÁFRICA


O papa Bento 16 afirmou na terça-feira (17/03), a bordo do avião que o levava para sua primeira viagem como pontífice à África, que a distribuição de preservativos não é a solução na luta contra o vírus HIV e a Aids no continente.
"Não se pode resolver isso com a distribuição de preservativos", disse o papa a jornalistas a bordo do vôo fretado rumo a Iaundê, capital de Camarões, onde iniciará sua viagem de sete dias pela África. "Pelo contrário, apenas aumenta o problema".
Bento 16 acrescentou que a Aids é "uma tragédia que não poderá ser superada apenas com dinheiro e não poderá ser superada pela distribuição de preservativos". A solução estaria em um "despertar espiritual e humano" e na "amizade por aqueles que sofrem".


Papa critica uso de preservativo em viagem... por superalbertofilho

Em sua viagem pela África, que além de Camarões também inclui Angola, Bento 16 vai defender, perante os jovens, a decisão da Igreja Católica de recomendar a abstinência sexual como a melhor forma de prevenção da doença.
O papa fez uma afirmação parecida a bispos africanos que visitaram o Vaticano em 2005. Na ocasião, Bento 16 disse aos bispos que a abstinência e a fidelidade, e não os preservativos, são os meios para lidar com a epidemia de Aids.


De acordo com informações do Vaticano, o número de católicos na África vem aumentando de forma constante nos últimos anos. Mas segundo o correspondente da BBC em Roma, David Willey, o continente africano é uma região onde a Igreja Católica enfrenta crescente competição das igrejas evangélicas, de seitas e do islamismo.

PARA A FRANÇA OS COMENTÁRIOS DO PAPA SÃO ‘AMEAÇA’ ÀS POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA


Logo na quarta-feira (18/03), a França condenou as declarações do papa Bento 16, qualificando-as como "uma ameaça".
"Enquanto não cabe a nós julgar a doutrina da Igreja, consideramos que tais comentários são uma ameaça às políticas de saúde pública e a obrigação de proteger a vida humana", disse o porta-voz do ministro das Relações Exteriores francês, Eric Chevalier.
As declarações do papa causaram espanto em alguns ativistas que dizem que o uso de preservativos é um dos únicos métodos comprovadamente eficazes de combate à doença. "A oposição dele aos preservativos indica que dogmas religiosos são mais importantes para ele do que as vidas dos africanos", afirma Rebecca Hodes, da ONG sul-africana de combate à Aids Treatment Action Campaign.
Cerca de 22 milhões de pessoas são infectadas com o vírus do HIV na África ao sul do Deserto do Saara, segundo dados da ONU de 2007. O total representa dois terços de todos os infectados do mundo.



ESTILO ‘ABSOLUTISTA' DE BENTO 16 ATRAI CRÍTICAS

Quatro anos após ser eleito, o Papa Bento 16 está enfrentando críticas cada vez mais frequentes de teólogos, analistas e religiosos dentro e fora da Igreja Católica, que o acusam de ter um estilo recluso e liderar a Igreja de forma autoritária.
Especialistas afirmam que decisões tomadas recentemente pelo papa - como a nomeação de um bispo auxiliar conservador na Áustria sem considerar o parecer do episcopado local - são sinais de um papado centralizador e pouco democrático.
O bispo auxiliar, ultraconservador, Gerhard Maria Wagner renunciou duas semanas depois devido a fortes pressões causadas por suas declarações, como a de que homossexuais deveriam ser "curados" e de que o furacão Katrina foi um "castigo de Deus" pelas clínicas que praticavam aborto em Nova Orleans.
Em outra decisão considerada polêmica, Bento 16 suspendeu a excomunhão de quatro bispos da ordem tradicionalista Pio X, causando grande mal estar nas igrejas da Alemanha, Áustria, Suíça e França. Os religiosos haviam sido ordenados sem autorização da Santa Sé em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre, criador de uma irmandade que não reconhece as reformas propostas no Concílio Vaticano II, introduzido no final dos anos 60.
"O papa tem um estilo solitário e absolutista de governar. Não aceita conselhos, opiniões e críticas e isto cria problemas, inclusive nos setores moderados da igreja", afirmou, o vaticanista Marco Politi, que acabou de publicar o livro A Igreja do Não, pela editora Mondadori.
Em entrevista ao jornal Le Monde nesta semana, o teólogo dissidente suíço Hans Kung, que foi professor da Universidade alemã de Tubinga com o então cardeal Joseph Ratzinger nos anos 60, também criticou o estilo de governo do papa. "Ele não foi capaz de entender o impacto que teve uma decisão destas (a suspensão da excomunhão) e seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, é totalmente submisso. Estamos diante de um problema de estrutura".
Segundo Kung, Ratzinger defende a idéia do "pequeno rebanho" - poucos fiéis e uma igreja elitista, formada por "verdadeiros católicos". "É uma ilusão pensar que é possível continuar assim, sem padres nem vocações. A Igreja corre o risco de se tornar uma seita", afirma.
Para Politi, o pontificado de Bento 16 está acumulando problemas. "Em vez de um pontificado de transição, este pode ser um papado de estagnação, em que se acumulam problemas e tensões dentro da Igreja e entre a Igreja e o mundo moderno".

IRAQUE REABRE MUSEU EM BAGDÁ


Museu do Iraque reabre por superalbertofilho

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, reabriu o Museu do Iraque, que documenta a trajetória do Homem das cavernas ao berço da civilização, a Mesopotâmia.
Quando os americanos invadiram o Iraque, em 2003, cerca de 15 mil objetos foram roubados do museu, alguns deles incomparáveis e de valor incalculável, durante a onda de saques em Bagdá.
As tropas americanas não receberam ordens para intervir.
Representantes do museu afirmam que cerca de um terço dos artefatos roubados foi recuperado no país. Embora alguns considerem a reabertura prematura, a mostra é considerada impressionante.

Neste video, saiba dos esforços para recuperar os objetos roubados do museu.


Esforços para salvar a cultura no Iraque por superalbertofilho

'O CAPITAL' DE KARL MARX SERÁ TEMA DE MUSICAL NA CHINA


A principal obra do pensamento do filósofo alemão Karl Marx, O Capital, vai ser transformada em musical na China, com estréia prevista para o ano que vem.
O estudo político-econômico sobre o capitalismo deverá se transformar em uma colorida narrativa ambientada em uma empresa onde os operários estão insatisfeitos com as condições de trabalho.
O show contará com números de dança nos moldes dos musicais da Broadway e de shows de Las Vegas.
O diretor da montagem, He Nian, entretanto, ressaltou em entrevista ao jornal Wen Hui Bao que a mensagem será séria e a adaptação primará por fidelidade à ideologia marxista.
"O estilo da apresentação não é o que importa, mas sim que as teorias de Marx não sejam distorcidas", disse.
Para tanto, os produtores contrataram como consultor o professor de economia Zhang Jun, que leciona na Universidade Fudan de Xangai.
Zhang Jun vai revisar o roteiro para garantir fidelidade às ideias marxistas.
O Ministério de Propaganda, responsável pela censura cultural, ainda não se manifestou sobre a montagem. Mas Yang Shaolin, gerente do Centro de Artes Dramáticas de Xangai, disse ao jornal britânico The Guardian que hoje em dia é possível conduzir uma montagem moderna de O Capital com "personagens, elementos dramáticos e significado educacional" graças ao momento de explosão criativa que a China vive.

POSTAGEM COMPLEMENTAR DE 2011 - VEJA O RESULTADO E OS COMENTÁRIOS


Chinas communist identity crisis por superalbertofilho

09 março 2009

INTERNET: BURACO NEGRO, COMO A WEB DEVORA A HISTÓRIA

Existe uma visão idealizada da Web como uma espécie de armazém geral do conhecimento humano, e no sentido da amplitude daquilo que se pode descobrir com uma busca aleatória no Google, isso é verdade.
Mas apesar de toda essa abertura, a Web provou ser um receptáculo ineficiente para a preservação histórica, e boa parte do tesouro que ela abriga fica perdido em um labirinto de páginas de Web alteradas, links quebrados e sites eliminados.



O diretor da British Library recentemente alertou em artigo para o jornal Observer que, se essa memória digital não for reparada, corremos o risco de "criar um buraco negro para os futuros historiadores e escritores".
Preservar a História na Web é difícil até mesmo para o Google, cuja missão declarada é a de "organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil".
À medida que proporção cada vez maior de nossa memória coletiva ganha abrigo online, cresce o perigo de que percamos o conteúdo e contexto de eventos acontecidos até mesmo há poucos dias, quanto mais há semanas, meses ou décadas.


Tente recuperar links de escândalos antigos ou imagens inconvenientes na Web, por exemplo Enron, Parmalat ou outros nomes corporativos que entraram em colapso. A maior parte deles desapareceu, apesar dos esforços de sites como a Wikipedia ou Smoking Gun ou combinação de forças da blogosfera para a preservação da história.
Onde foi parar o senso de revolta coletiva global com a pilhagem do Museu Nacional do Iraque durante a invasão dos Estados Unidos ao país em 2003? Apesar de ser difícil de medir, o mundo pode sofrer a perda de um museu cheio de artefatos todos os dias, dependendo de como a Web armazena nossas memórias culturais.


O modo como a World Wide Web evoluiu ao longo dos últimos tornou possível deixar obscuro ou mesmo apagar fatos inconvenientes. Isso não era a intenção do inventor da Web, Tim Berners-Lee, cujo objetivo era fazer com que cada endereço apontasse para uma página de dados. Em vez disso, os projetistas da Web acharam conveniente criar endereços dinâmicos que podem tornar impossível encontrar informações em uma segunda visita a um mesmo site.
Por isso, salve e mantenha cópias de tudo que deseja recordar, ou encare o risco de perder essas informações talvez já no próximo momento em que atualizar uma página.
Vivemos em uma época em que a capacidade de registrar e preservar o que fazemos em nossas vidas nunca foi tão grande. Mas usar a Web para preservar essas memórias torna mais e mais provável que as gerações futuras vejam os primeiros anos da Internet como décadas perdidas.



PESQUISADORES DESCOBREM PEIXE PSICODÉLICO COM PÉS


Ictiologistas – como são chamados os cientistas que estudam os peixes – descobriram uma nova e estranha espécie nos mares da ilha Ambon, na Indonésia.



O peixe, de um amarelo chamativo, movimenta-se no fundo do mar como uma bola: ao tocar o fundo do oceano, expele água de suas barbatanas em formato de perna e consegue ir de um lado para outro. As suas listras brancas provavelmente o ajudam a se esconder no meio dos corais.


Outra particularidade desse novo peixe é que seus dois olhos são voltados para frente, na mesma face, como o dos humanos.
A nova espécie foi batizada de psicodélica e faz parte do gênero dos antennariidae, que agrupa os chamados “peixe-sapo”. As fotos da descoberta foram divulgadas por David Hall no site seaphotos.com.