26 junho 2008

NAZI-BUNKER CONTEMPORÂNEO

Um bunker nazista, localizado no centro de Berlin, vira o museu particular de arte contemporânea.


Construído em 1942, sob supervisão de Albert Speer, arquiteto predileto de Hitler, o bunker de concreto maciço passou por diversas funções nas últimas décadas, foi utilizado pelos soviéticos para aprisionar criminosos nazistas, como armazém para frutas tropicais e, com a queda do Muro, serviu de cenário para concorridas festas rave e sado-masoquistas.
Comprado em 2003 pelo empresário e colecionador de arte Christian Boros, de 43 anos, a reforma do bunker, tombado pelo patrimônio histórico, num espaço de exibição para o acervo, com mais de 500 obras de 57 artistas contemporâneos, foi planejada para 18 meses, mas acabou se estendendo por quase cinco anos.

Veja a a reportagem da agência EFE



Para ampliar o espaço interior, os arquitetos contratados reduziram o número de quartos de 120 para 80. Paredes de denso concreto armado de até três metros de espessura foram quebradas e raspadas, mas permaneceram tanto as marcas de bala da fachada, conseqüência da Segunda Guerra, quanto os registros das funções anteriores da construção, como pichações dos anos 1990 ou placas remanescentes do depósito de frutas.
Na cobertura Boros construiu um apartamento de mil metros quadrados, com estrutura de metal e vidro, com direito a jardim e piscina, onde passa os finais de semana com a família e guia seus convidados pelos cinco andares do museu.


A idéia de Boros é mostrar todo ano diferentes combinações de seu acervo. A primeira exposição segue a temática "luz e espaço" e exibe cerca de 50 obras de 21 artistas, distribuídas num labirinto de três mil metros quadrados. Quase todas as peças foram instaladas pessoalmente pelos autores. O artista dinamarquês Olafur Eliasson tem dez trabalhos expostos.
A coleção está aberta ao público somente aos sábados. Os visitantes têm que se registrar com antecedência no site da Coleção Boros (em alemão) para participar de um tour guiado, em grupos de 12 pessoas.


INVENÇÕES

Há invenções verdadeiramente geniais. Algumas são tão óbvias e necessárias que nos perguntamos por que não apareceram mais cedo... Em muitos casos o principal obstáculo é a falta da necessidade óbvia para a iniciativa ou vontade de pôr em prática determinada invenção; noutros é apenas a tecnologia. Porém, nos dias de hoje, a tecnologia parece conseguir tudo.

LÂMPADA ECOLÓGICA – imperdível!



WATERBIRD – conselho: desliguem o som!



NOVA ARMA - acho que vou vomitar...



Associação Nacional dos Inventores - http://www.inventores.com.br/
Descobertas e invenções - http://www.cdcc.sc.usp.br/escolas/juliano/descobertas.html
As 100 Descobertas e Invenções - http://www.webciencia.com/03_invencoes1.htm

TELECTROSCOPE LIGA LONDRES À NOVA YORK

Um túnel virtual, conectando Nova York e Londres, possibilita a comunicação visual entre pedestres dos dois lados.


Segundo o criador da instalação ‘Telectroscope’, o artista britânico Paul St George, o "túnel" passa por dentro da terra (uma distância de 5.585 km) e, com o uso de espelhos, traz imagens de uma cidade para a outra.

VÍDEO: ANDY JORDAN'S TECH DIARY: THE TELECTROSCOPE



Ainda, clique aqui e assista à reportagem da BBC

Mas na realidade, o efeito é conseguido por meio de câmeras conectadas com o uso de fibras óticas.Uma das pontas do Telectroscope "emerge" perto da Tower Bridge, no centro de Londres. A outra, perto da Brooklyn Bridge, em Nova York.
Quando alguém olha pelo "túnel", vê gente do outro lado do Atlântico. Ao acenar, as pessoas do outro lado acenam de volta. A comunicação verbal é feita por mensagens escritas em uma lousa.


O telectroscope não está sendo usado apenas por estranhos que querem se comunicar. A produtora da obra, Helen Marriage, conta que seis pedidos de casamento, à distância, estão sendo marcados e que também já houve uma festa de aniversário de um ano, para que os avós pudessem participar do outro lado do Atlântico.

VIDEO: NEW YORK POST



12 junho 2008

PARA ONGS, GOVERNO EXAGERA PREOCUPAÇÃO COM ESTRANGEIROS NA AMAZÔNIA



A polêmica em torno da compra de terras por estrangeiros na Amazônia e a preocupação quanto a ingerências internacionais na região são riscos marginais que estão sendo extrapolados pelo governo, na opinião de organizações não-governamentais ouvidas pela BBC Brasil.

Para Paulo Adário, do Greenpeace, a importância dessas questões está novamente sendo exagerada para atender a interesses "oportunistas" dentro e fora do governo ligados à exploração econômica da Amazônia. Segundo Adário, o debate está "tingido por uma cor ideológica", mas o que realmente existe é "uma grande paranóia", alimentada pelo que chama de setores conservadores "para esconder interesses escusos".
Para o pesquisador do Imazon e co-autor de um estudo sobre a situação fundiária na Amazônia, Paulo Barreto, para praticar atividades ilegais como biopirataria e extração clandestina de madeira, não é preciso ser dono da terra. "Capital sério estrangeiro (em grande escala) não vai investir nesse caos aqui. Brasileiro sério já tem dificuldade de comprar terra (regular) na Amazônia."
"Não acho que seja ruim ou bom se (a empresa proprietária) é nacional ou multinacional, se as duas forem destrutivas, as duas são ruins", concorda Paulo Adário. "Acho que tem muito de xenofobia aí."

PALPITES



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso, disse que "o mundo precisa saber que a Amazônia tem dono" e criticou o excesso de "palpites" sobre o que deve ser feito com a região.

As declarações do presidente foram feitas em meio à repercussão internacional negativa da queda da ministra Marina Silva e à publicação de uma série de artigos em veículos estrangeiros, como Financial Times, The Economist e The New York Times, questionando a capacidade do governo brasileiro de conter o desmatamento na Amazônia.
O governo vem dizendo, desde dezembro, que pretende aumentar a fiscalização da atuação de ONGs estrangeiras e nacionais na Amazônia. E que é o Brasil que deve definir o processo de proteção e desenvolvimento da região. Também vem se acirrando a polêmica em torno da necessidade de maior rigor a aquisição de terras brasileiras por estrangeiros. O Ibama multou em R$ 380 milhões a empresa Gethal, atribuída ao empresário sueco-britânico Johan Eliasch.

NÃO DEIXE DE VER ESTE VÍDEO


DIREITOS INDÍGENAS

A portaria que determinou a forma de demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, prevê a criação da reserva em área contínua com algumas ressalvas: preserva a essência da reserva e os direitos dos índios, mas também a defesa do interesse nacional e a segurança nas fronteiras, além do princípio federativo.


A nova portaria preserva as áreas militares, para garantir a manutenção da presença do Estado, assegurando a atuação das Forças Armadas, além da Polícia Federal. Prevê ainda que os habitantes dos outros três pequenos vilarejos existentes dentro da área indígena – Socó, Mutum e Surumu - sejam transferidos, por meio de trabalho conjunto entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os arrozeiros que exploram a terras na margem Sudoeste da área indígena também serão transferidos e indenizadas todas as benfeitorias de boa-fé.
A portaria determina, ainda, que ficam excluídas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol as seguintes áreas e bens: a área do 6º Pelotão Especial de Fronteira (6º PEF), no município de Uiramutã (RR); os equipamentos e instalações públicos federais e estaduais atualmente existentes; o núcleo urbano atualmente existente da sede de Uiramutã; as linhas de transmissão de energia elétrica; e os leitos das rodovias públicas federais e estaduais atualmente existentes.
A Raposa é formada por uma área contínua de 1,7 milhão de hectares, dividida entre imensas planícies e cadeias de montanhas, na fronteira do Brasil com a Venezuela. Nela vivem cerca de 20 mil índios, a maioria deles da etnia Macuxi. Entre os grupos menores estão os Uapixanas, Ingaricós, Taurepangs e outros.
O caso ganhou repercussão internacional. Organismos da ONU e da OEA cobraram do governo a liberação da área para os indígenas.



Em 15/7/2003, a TV Cultura, exibiu no programa 'Expedições', uma entrevista com o sertanista Orlando Villas Boas, que dispensa apresentações.
Vejam o que ele disse, então sobre os índios Ianomâmi, e como a situação identificada por ele se aplica aos indígenas que habitam a área da reserva Raposa Serra do Sol.


06 junho 2008

ARTE PUNK É TEMA EM VIENA

Uma exposição em Viena, na Áustria, relembra a forte influência que o movimento punk teve nas artes e na cultura das últimas décadas.

A mostra 'No One Is Innocent' (Punk – Ninguém é Inocente) reúne obras de arte e objetos inspirados pelo movimento.
Segundo os organizadores da pinacoteca Kunsthalle de Viena, o punk significou “uma quebra total das tradições na moda, na música e nas artes.”


A exposição relembra o início desse movimento cultural em Londres, mostra sua comercialização e a influência que ele exerce ainda hoje.
“Influências do punk ainda são vistas hoje em dia nas passarelas de moda e nas galerias de arte”, dizem os organizadores. Vários objetos da mostra são associados à imagem de grupos punk como os ‘Sex Pistols’.
Outros pioneiros relembrados na mostra vienense são a estilista de moda Vivienne Westwood, o fotógrafo Richard Kern e o artista gráfico Jamie Reid.


A Kunsthalle mostra como a tendência se espalhou gradualmente pela Europa e pelos Estados Unidos.
A mostra Punk – No One Is Innocent fica em cartaz na Kunsthalle de Viena até o dia 7 de setembro de 2008.
LINK EXTERNO: Kunsthalle de Viena


PUNK Attitude documentary - ativar legendas em espanhol



ANOTHER STATE OF MIND (1982) - ativar legendas em espanhol

MORRE YVES SAINT-LAURENT

Morreu em 1º de junho, aos 71 anos, o estilista francês Yves Saint-Laurent, responsável por grandes mudanças na moda, quando desenhou roupas que refletiram as mudanças no papel da mulher, na sociedade, durante o século passado, como uma maior liberdade sexual e mais força no mercado de trabalho. Ele havia se aposentado da alta costura em 2002.


RIP Yves Saint Laurent por superalbertofilho

Nascido em 1º de agosto de 1936 em Oran, na Argélia, em uma família rica, inspirado sempre pela beleza e pelo estilo da mãe, Yves Saint-Laurent, o criador da saharienne (jaqueta tipo safári) e do fraque para a mulher, manifestou cedo seu talento. Aos 18 anos, ele ganhou um concurso de design de moda e chamou a atenção de Christian Dior. Três anos depois, Dior morria e Laurent assumia seu lugar.
“Eu encontrei meu estilo por meio das mulheres”, disse Saint-Laurent certa vez. “É daí que vem a força e a vitalidade, porque eu desenho (pensando) no corpo de uma mulher.”
A editora da revista Vogue britânica, Alexandra Shulman, disse que o estilista ajudou a democratizar a moda. “Antes, aquelas pessoas (os estilistas) tinha pequenos ateliês para pessoas ricas. Saint-Laurent trouxe isso para o povo.”
Saint Laurent lutava há um ano contra um tumor no cérebro. O funeral do estilista foi na quinta-feira (05/06), na Igreja de Saint-Roch, segundo informou seu amigo e co-fundador da firma YSL, Pierre Bergé. O estilista foi incinerado e suas cinzas colocadas em uma sepultura nos jardins Majorelle em Marrakech (Marrocos), vizinho à residência que Saint Laurent e Bergé compraram em 1980.

VIDEO: RETROSPECTIVA MOSTRA A OBRA DE YSL


YSL (Expo Petit Palais) por superalbertofilho

MUSEU JAPONÊS RECEBEU EXPOSIÇÃO SOBRE COCÔ

O museu literário da cidade japonesa de Himeji recebeu uma exposição sobre um tema curioso: fezes. No evento, foram expostos dejetos de diversas espécies de animais, além de fotos de diversos bichos durante a "produção".

As crianças - que compuseram a maioria dos visitantes - eram convidadas a manipular os diversos tipos de cocô. Houve uma sessão apenas para mamíferos africanos, que incluia uma coleção de fezes de zebras, elefantes, girafas e hipopótamos.
O museu ofereceu ainda uma seleção de livros sobre fezes. Havia literatura sobre a importância das fezes, como elas são formadas e até ilustrações e fotos sobre diversos animais que se alimentam do cocô alheio. Um dos destaques foi um folheto feito a partir de cocô de elefante.

Agora, se você acha isso uma novidade, veja o que ocorreu em 1961, na cena artística do outro lado do mundo.

PIERO MANZONI E A 'MERDA DE ARTISTA'

Piero Manzoni foi um artista italiano célebre por suas obras conceituais, em resposta direta ao trabalho de Yves Klein. Suas obras chegam a ser vendidas por mais 1 milhão de libras.
É celebre sua obra 'Merda de Artista', um manifesto anti-pop-art, um ataque direto ao mercantilismo da arte e às galerias, que foi aos limites do surrealismo e da arte dadá. Em maio de 1961 Manzoni defecou em 90 pequenas latas, a merda italiana, genuína do artista. Depois selou-as como mandam as regras da indústria alimentar, numerou-as e assinou-as como mandam as regras do mercado de arte e vendeu-as por peso, pelo preço da grama de ouro. As latas, além de numeradas e assinadas, têm três faces com inscrições que dizem sucessivamente : “Merda D`Artista”; “Merde D`Artiste” e “Artists Shit”. A autenticidade do produto é garantida pela inscrição: "Merda d’artista, numerata, firmata e conservata al naturale".
Nos anos seguintes ele as distribuiu em várias coleções de arte por todo o mundo e angariou diversos prêmios. Hoje as latas de Merda do Manzoni são um ícone da arte conceitual, da qual ele é considerado um percursor.
Muitas latas explodiram, resultado de corrosão e de gases em expansão. Manzoni morreu de infarto do miocárdio em seu ateliê em Milão, em 1963.

Veja o vídeo:

CINEMA BRASILEIRO EM PARIS

O Festival de cinema brasileiro em Paris completou 10 anos com uma programação que incluiu 45 filmes inéditos na França, 50% a mais do que no ano passado.

A mostra contou com maior número de salas nos três cinemas parisienses dedicados ao evento. A expectativa dos organizadores foi atrair 10 mil espectadores. No total, 30 diretores, atores e produtores estiveram presentes durante as projeções.
Para esta décima edição os organizadores decidiram exibir, além da produção recente, uma retrospectiva de grandes clássicos do cinema brasileiro, como Terra em Transe, de Glauber Rocha e Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade. Também filmes realizados para a TV foram incluídos na programação.
Oito longas disputaram o prêmio de melhor filme – o que aumenta as chances da produção entrar no circuito comercial na França – e, além desta, outras duas premiações foram entregues pelo júri: melhor ator e melhor atriz. Houve ainda o prêmio concedido pelo público.
O evento incluiu ainda exposições de fotos e pinturas e um show de música brasileira.